terça-feira, 11 de maio de 2010

Cinzas vulcânicas fecham aeroportos no norte da África

Vários aeroportos do sul da Espanha permanecem fechados


A nuvem de cinzas resultante da segunda erupção do vulcão Eyjafjallajokul, na Islândia, causou nesta terça-feira o fechamento de aeroportos no Marrocos, norte da África, pela primeira vez.
Até o momento, os cancelamentos de vôos estavam restritos à Europa. Mas, nesta terça-feira, as autoridades de aviação civil do Marrocos determinaram o cancelamento de vôos saindo de Rabat, Casablanca e outras cidades do país.
Os aeroportos de Tangiers, Tetouan e Essaouira também foram fechados. De acordo com a agência de notícias francesa AFP, um total de oito aeroportos foram fechados no país nesta terça-feira.
Além do norte da África, a nuvem de cinzas também levou à imposição de restrições a voos no Aeroporto Internacional de Istambul, na Turquia, que proibiu vôos que passassem pela região a noroeste do aeroporto durante quatro horas.

Espanha
O sul da Espanha também foi afetado pela nuvem de cinzas vulcânicas, e aeroportos nas Ilhas Canárias foram fechados. Os aeroportos de La Palma, Sevilha e Jerez também foram atingidos pelas cinzas.
Os aeroportos de Tenerife, La Gomera e Badajoz foram fechados e reabertos depois de algumas horas. A nuvem de cinzas estaria se aproximando da região sudeste da França, mas sua altitude seria alta demais para afetar os vôos no país.
A agência de tráfego aéreo européia, a Eurocontrol, afirmou que espera a realização de 29 mil vôos nesta terça-feira, o que é um número próximo do normal para esta época do ano. Na segunda-feira, foram realizados somente 29.155.
As restrições de viagens em altitudes entre 6 mil e 10,5 mil metros ainda estão em vigor, afetando principalmente os transatlânticos.

Desvio e atrasos
De acordo com a correspondente da BBC em Madri, na Espanha, Sarah Rainsford, a maior parte da nuvem de cinzas agora está acima do oceano Atlântico.
Com isso, as viagens transatlânticas estão sendo afetadas, ficando mais longas e com mais atrasos, já que os pilotos precisam voar em volta da nuvem.
O vulcão na Islândia teve sua primeira erupção há quase um mês, fechando o espaço aéreo em toda a Europa por quase uma semana e deixando centenas de milhares de passageiros presos em aeroportos.
Os prejuízos foram enormes. Apenas a companhia aérea de vôos mais baratos Easyjet teve que cancelar mais de 6,5 mil vôos e anunciou que a paralisação custou até US$ 110 milhões à companhia. A Easyjet agora está tentando conseguir uma indenização de governos de vários países.
Vulcanologistas islandeses disseram à agência de notícia AFP que ainda não sabem quando o vulcão vai parar com as erupções.

Um comentário:

  1. É sem dúvidas deslumbrante um vulcão soltando imensas fagulhas na escuridão da noite, mas é preocupante o estrago que eles fazem. Destroem cidades, matam pessoas, interrompem a ecônomia e a saùde da nação. Nas últimas semanas do mês de abril, o norte da África e parte da Europa sofreram com eses fenômenos. As cinzas do vulcão na Islândia interromperram o tráfego aéreo, os produtos agrícolas não foram exportados e vacinas contra a paralisia infantil não chegaram. Será preciso que as autoridades se reforssem, e a natureza mude seu ciclo de produção sagaz?

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