Atenas, 5 mai (EFE).- O primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, condenou nesta quarta-feira a morte de três empregados de bancos em um incêndio ocasionado em Atenas por manifestantes durante a greve geral convocada hoje contra as medidas de austeridade do Governo.
"A violência leva à violência", declarou Papandreou no Parlamento, consternado com o que qualificou como uma "tragédia" ao se referir ao "assassinato de três concidadãos".
O primeiro-ministro prometeu que "os responsáveis serão castigados" e acrescentou que "cada cidadão tem o direito de protestar, mas não de fazer uso da violência".
"O Governo compartilha os sentimentos dos aposentados e dos assalariados que vêem seus rendimentos reduzidos, mas estamos fazendo isso para que haja um futuro", afirmou.
Papandrou justificou os cortes aplicados por um programa de economia que pretende reduzir o enorme déficit fiscal de 13,6% em 2009, que, junto com a elevada dívida, levou o país à beira da quebra e disse que "a outra solução era o empobrecimento do país e dos cidadãos".
No domingo a Grécia recebeu um pacote de ajuda de 110 bilhões de euros por parte da zona do euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para fugir da quebra em troca da implementação de cortes salariais profundos, de pensões e de um aumento dos impostos.
O ministro se dirigiu aos líderes dos partidos de oposição reunidos na Câmara e disse que "é necessário" que todos condenem a violência, momentos depois que a Câmara fez um minuto de silêncio pelas vítimas dos protestos.
Ele disse que "hoje é necessário que todas as forças políticas enviem uma mensagem de responsabilidade política. Ninguém tem o direito de jogar com a sorte da pátria e com as vidas dos cidadãos. Ninguém está livre das responsabilidades".
"Acho que deve de haver uma reunião de líderes (políticos) sob a Presidência do presidente da Grécia para ter uma voz unida perante a violência", concluiu o político socialista perante o plenário parlamentar.
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