Após prisão, imigrante paquistanês é acusado de terrorismo pelo ataque frustrado em Times Square; Paquistão prende pelo menos dois
Um imigrante de 30 anos do Paquistão foi acusado formalmente nesta terça-feira de terrorismo e de tentar usar uma arma de destruição em massa por causa do ataque frustrado com um carro-bomba na Times Square, em Nova York, no sábado, de acordo com um processo na corte federal de Manhattan.
Com 30 anos, Faisal Shahzad compareceu à corte após de ter sido preso no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, na noite de segunda-feira sob a acusação de ter dirigido o carro-bomba encontrado na Times Square. Com os investigadores buscando pistas no exterior sobre a tentativa de ataque de 1.º de maio, uma autoridade da Inteligência paquistanesa anunciou que houve várias prisões no Paquistão nesta terça-feira, de acordo com o jornal americano Washington Post.
O governo paquistanês teria oferecido total cooperação aos Estados Unidos. Para a resolução do caso, Estados Unidos e Paquistão estão trabalhando lado a lado, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley.
Nascido no Paquistão e recentemente naturalizado americano, Shahza foi preso por volta de 23h45 da segunda-feira (0h35 da terça-feira em Brasília) logo após ter embarcado em um voo para Dubai.
O suspeito "admitiu o envolvimento" no episódio, informaram autoridades nos Estados Unidos.
"Em função da informação de que dispomos fica claro que esse foi um plano terrorista que pretendia assassinar americanos em um dos locais mais frequentados de nosso país", afirmou o secretário de Justiça dos EUA, Eric Holder.
Desde que foi capturado, Shahzad "ofereceu importantes evidências" aos investigadores, acrescentou o diretor-assistente do FBI, John Pistol. As autoridades seguem pistas para determinar se o suspeito tem relação com grupos radicais nos Estados Unidos ou no exterior.
O suspeito, segundo investigadores, alegou ter agido sozinho e não ter qualquer associação a grupos militantes estrangeiros. Ele, porém, admitiu ter frequentado um campo de treinamento militante na região paquistanesa tribal do Waziristão, disseram autoridades.
Os investigadores acreditam que o suspeito, que retornou de uma viagem de cinco meses ao Paquistão recentemente, teria comprado em dinheiro vivo a caminhonete Nissan Pathfinder usada na tentativa de ataque. Segundo a polícia, o carro foi adquirido há cerca de três semanas de um dono em Connecticut sem que fosse feita a atualização do nome do proprietário.
Prisões no Paquistão
De acordo com o jornal americano The Washington Post, uma autoridade de inteligência do Paquistão disse que foram presas pelo menos duas pessoas na cidade portuária de Karachi em conexão com o atentado frustrado. A fonte, que falou sob condição de anonimato, identificou um dos presos como Tausif Ahmed, que foi capturado em um bairro comercial chamado de Gulshan-e-Iqbal. Segundo ele, Ahmed teria viajado há dois meses aos EUA para se encontrar com Shahzad. De acordo com a BBC, a segunda pessoa presa em Karachi seria o sogro de Shahzad.
Além disso, estações de televisão paquistaneses informaram que cerca de cinco outras pessoas relacionadas à conspiração teriam sido presas na cidade industrial de Faisalabad.
Segundo autoridades americanas, Shahzad fez a reserva para o voo a caminho do aeroporto e pagou a passagem em dinheiro. O voo da companhia Emirates retornou ao portão do aeroporto e policiais prenderam o suspeito.
Acredita-se que Shahzad levou o utilitário esportivo da Nissan usado para carregar a bomba feita de combustível e fogos de artifício para a Times Square num momento em que a região, conhecida por suas lojas e teatros, estava lotada de pessoas numa noite quente de sábado. Se a bomba tivesse sido detonada, muitas pessoas poderiam ter morrido, disseram autoridades.
Uma força conjunta antiterrorismo, que inclui oficiais do Departamento de Justiça e do FBI, a polícia federal americana, está agora analisando as ligações telefônicas feitas pelo suspeito.
Obama pede calma
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira à população que "não se deixe aterrorizar" pela tentativa de atentado em Times Square, Nova York.
Em discurso em Washington para empresários, Obama se referiu à detenção do suposto autor do atentado, Faisal Shahzad, e indicou que o FBI (polícia federal americana) está empenhado em determinar as possíveis conexões do suspeito com grupos terroristas.
Após o atentado de 11 de Setembro todos os EUA redobraram a segurança e a precaução. Parece que todo esse esforço não foi de muita valia, se não fosse a falta de experiência e competência do terrorista, o mundo veria novamente Nova York em chamas. Uma vergonha para o governo, afinal, de que adianta pedir calma diante de uma situação em que milhares de vidas dependeram da competência do bandido.
ResponderExcluirLaura De Luca Felicíssimo 8ªB
ResponderExcluirDiscordo do comentário de Andrey Carlos.Se não tivesse acontecido o atentado de 11 de setembro, talvez os EUA não tivessem a consciência de que sua segurança devia melhorar.E quem sabe o FBI não conseguisse prender o bandido.A prisão do terrorista vem demonstrar que a política de segurança dos EUA é correta e que o FBI é muito competente e eficaz.
Discordo com Laura, pois o FBI não é tão eficaz assim, afinal, Manhattan só não entrou em chamas novamente devido à incopetência do terrorista. A explosão foi mal preparada. Se o terrorista fosse um pouco mais competente, não haveria FBI para recuperar as vidas perdidas na explosão.
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