SÃO PAULO - Com a criação do que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, chamou de "guerrilhas comunicacionais", grupos de jovens receberam do governo a missão de identificar as "mensagens capitalistas" transmitidas por meios de comunicação privados e "contestá-las" em murais, panfletos, mensagens de celular, blogs, sites e e-mails. Pelo plano chavista, nem mesmo pichações de muros devem ficar sem resposta.
As tais "guerrilhas" incluem adolescentes. Só entre os primeiros integrantes do grupo há 75 estudantes de
Representantes juvenis do grupo Aliança Bravo Povo, também opositor, pediram para a Unicef - organização de proteção à infância e à adolescência ligada à ONU - um pronunciamento sobre a incorporação dos estudantes aos quadros das guerrilhas comunicacionais.
O ministro da Educação venezuelano, Héctor Navarro, explicou em entrevista à emissora oficial Venezuelana de Televisão (VTV) que o objetivo do projeto é que os adolescentes se convertam em ativistas "da verdade" (que, para as autoridades venezuelanas, é sinônimo da versão oficial dos fatos).
"A guerrilha tem várias características: mobilidade, autonomia, versatilidade e comprometimento com os interesses do povo", afirmou Navarro. "Espera-se que os 'disparos' que esses grupos produzam sejam de ideias, de propaganda, de resposta a todas essas campanhas dos meios de comunicação."
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