sexta-feira, 30 de abril de 2010
Terceira reunião comitê CNU (Meio Ambiente e Desenvolvimento)
Os delegados estavam sem medo de se pronunciarem, mas foi preciso a participação do diretor de Imprensa Nícolas, representando a Colômbia, para que alguns delegados de países importantes se declarassem de forma mais segura e correta.
O encontro foi muito importante e se concluiu com êxito, pois foi formulado um documento de resolução ao final das discussões. Na próxima reunião, será feita mais uma simulação, porém abordará um dos temas do próprio comitê. Por isso, é necessário que os delegados estudem sobre seus países e saibam argumentar sobre questões ambientais.
MODELO DE DPO (Documento de Posição Oficial)
Para visualizar o modelo de DPO, clique aqui.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Chávez cria 'guerrilha' para combater a 'mídia capitalista' na Venezuela
SÃO PAULO - Com a criação do que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, chamou de "guerrilhas comunicacionais", grupos de jovens receberam do governo a missão de identificar as "mensagens capitalistas" transmitidas por meios de comunicação privados e "contestá-las" em murais, panfletos, mensagens de celular, blogs, sites e e-mails. Pelo plano chavista, nem mesmo pichações de muros devem ficar sem resposta.
As tais "guerrilhas" incluem adolescentes. Só entre os primeiros integrantes do grupo há 75 estudantes de
Representantes juvenis do grupo Aliança Bravo Povo, também opositor, pediram para a Unicef - organização de proteção à infância e à adolescência ligada à ONU - um pronunciamento sobre a incorporação dos estudantes aos quadros das guerrilhas comunicacionais.
O ministro da Educação venezuelano, Héctor Navarro, explicou em entrevista à emissora oficial Venezuelana de Televisão (VTV) que o objetivo do projeto é que os adolescentes se convertam em ativistas "da verdade" (que, para as autoridades venezuelanas, é sinônimo da versão oficial dos fatos).
"A guerrilha tem várias características: mobilidade, autonomia, versatilidade e comprometimento com os interesses do povo", afirmou Navarro. "Espera-se que os 'disparos' que esses grupos produzam sejam de ideias, de propaganda, de resposta a todas essas campanhas dos meios de comunicação."
terça-feira, 27 de abril de 2010
Israel e EUA acusam Síria de dar mísseis ao Hezbollah
WASHINGTON (Reuters) - Os ministros de Defesa dos Estados Unidos e de Israel acusaram nesta terça-feira a Síria de entregar mísseis cada vez mais poderosos à guerrilha libanesa Hezbollah, mas Israel disse que não pretende provocar um conflito por causa disso.
O norte-americano Robert Gates e o israelense Ehud Barak não chegaram a identificar quais mísseis estariam sendo entregues, mas a imprensa noticiou recentemente que o grupo xiita tinha obtido mísseis Scud de longo alcance, capazes de atingir alvos em todo o Estado judeu.
Fontes de inteligência e defesa dos Estados Unidos manifestaram dúvidas com relação às acusações israelenses sobre o envio de Scuds ao Líbano.
Gates, que falou ao lado de Barak após uma reunião no Pentágono, disse que a Síria e também o Irã estão fornecendo ao Hezbollah armas com "uma capacidade cada vez maior."
"Estamos num ponto agora em que o Hezbollah tem muito mais foguetes e mísseis do que a maioria dos governos do mundo", disse Gates.
Barak afirmou que os mísseis podem "perturbar o delicadíssimo equilíbrio no Líbano", mas minimizou as chances de um conflito por causa do tráfico de armas.
Senador paraguaio diz que foi atacado pelo PCC
O ataque de segunda-feira contra o senador paraguaio Robert Acevedo foi realizado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), a organização criminosa de São Paulo, revelou nesta terça o próprio político.
Em declarações à imprensa, o senador Acevedo garantiu que o PCC foi o autor da ação, que matou seus dois guarda-costas, que receberam entre 40 e 60 tiros.
O ataque ocorreu em pleno centro da cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil, e os pistoleiros utilizaram armas automáticas.
Acevedo, do partido Liberal, se salvou milagrosamente, apesar de ter sido ferido no braço e de raspão no olho esquerdo.
"Os responsáveis são traficantes paraguaios associados aos brasileiros. Eles estão infiltrados na sociedade e são donos da vida e da morte", disse o senador, citando diretamente o PCC paulista.
"O narcotráfico ordenou e pagou o atentado. Caballero está nas suas mãos. Para eles não importa o estado de exceção. São mais poderosos que a policía", afirmou.
Acevedo se referia ao segundo dia de vigência do estado de exceção nos departamentos de Presidente Hayes, Alto Paraguay, San Pedro, Concepción e Amambay, onde estão mobilizados cerca de 3 mil militares e policiais.
Segundo o chefe de polícia de Pedro Juan Caballero (capital de Amambay), Francisco González, "os brasileiros presos dizem ser Eduardo da Silva e Marcos Cordeiro, mas estamos averiguando seus antecedentes com nossos colegas do Brasil".
O delegado também suspeita que os presos formam parte do chamado Primeiro Comando da Capital, organização que opera na fronteira com o Paraguai no tráfico de drogas e de armas.
"Os presos são de São Paulo. Temos informação de que a polícia brasileira está fazendo operações nas favelas de São Paulo", informou.
Paralelamente, dois corpos de jovens paraguaios de 20 anos com antecedentes criminais foram encontrados nesta terça-feira com muita marcas de balas a 100 km de Caballero.
A polícia suspeita que formavam parte do grupo que atentou contra a vida do senador.
O estado de exceção foi decretado a pedido do presidente Fernando Lugo para combater a violência ligada aos rebeldes de esquerda do Exército do Povo Paraguaio (EPP), que segundo algumas fontes poderia estar envolvido no ataque.
Investigadores garantem que membros do EPP, treinados pela guerrilha colombiana das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), são os responsáveis pela guarda de milhares de hectares de plantio de maconha, nas chamadas "zonas liberadas" do norte do Paraguai.
Ataques suicidas na Rússia revelam xenofobia contra os tchetchenos
Lilya Paizulayeva entrou no metrô, ansiosa, tentando manter distância da multidão e dos policiais recém-alocados ali, fortemente armados. Ela se encolheu ao ouvir o barulho metálico do trem, pressionando-se contra a parede.
Mas Lilya não estava com medo de terroristas suicidas – ela temia ser confundida com uma.
Com seu cabelo preto e grandes olhos escuros, Paizulayeva, jovem de 26 anos nascida na Tchetchênia, tem a aparência típica das pessoas da conflituosa região do norte do Cáucaso da Rússia – de onde, segundo investigadores, duas jovens mulheres viajaram para Moscou para se explodirem na multidão em pleno horário de pico, matando pelo menos 40 pessoas.
Embora para muitos os ataques sejam um lembrete preocupante das mulheres-bomba que aterrorizam a cidade há anos, as mulheres do Cáucaso, especialmente da Tchetchênia, dizem temer a volta das prisões arbitrárias, ataques xenofóbicos e hostilidade declarada que muitas delas sofreram após ataques terroristas similares no passado.
“Psicologicamente, sinto um tipo de alarme”, disse Paizulayeva, que nasceu na capital da Chechênia, Grozny, e fugiu para Moscou em 1995 com a família, quando a guerra começou ali. “Embora eu me vista como uma pessoa local, acho que talvez alguém possa me atacar no metrô”, ela disse. “Esta semana inteira me senti como uma estranha na cidade.”
Embora sejam cidadãos russos, chechenos e outras pessoas do norte do Cáucaso são muitas vezes vistos como estrangeiros na Rússia, especialmente aqui na capital, e frequentemente associados a imigrantes dos países da Ásia Central que antes eram repúblicas soviéticas. A mais de 1.600km de Moscou, a Chechênia tem seu próprio idioma, religião e costumes, assim como uma história de separatismo violento.
Já houve vários relatos de ataques de vingança contra pessoas do Cáucaso após os ataques suicidas no metrô. Recentemente, uma briga explodiu em um trem do metrô quando um grupo de passageiros insistiu em inspecionar as bolsas de várias pessoas que pareciam ser do Cáucaso, segundo o Sova Center, uma organização que monitora a violência xenofóbica.
Ataques contra pessoas de pele e cabelo mais escuro, típicos dos caucasianos, não são incomuns na Rússia.
Porém, são as mulheres, especialmente as chechenas, que são frequentemente associadas a ataques suicidas. Mulheres-bomba, muitas vezes da Tchetchênia, são responsáveis por alguns dos ataques mais mortais na Rússia na última década. As chamadas “viúvas negras” realizaram pelo menos 16 ataques, matando centenas de pessoas.
Como essas mulheres, Paizulayeva sofreu os horrores e perdas da Guerra, mas a similaridade termina aqui. Com seu esmalte de unhas vermelho e botas de cano alto, apenas seu cabelo e olhos pretos a distinguem das muitas mulheres de pele clara e olhos azuis que correm apressadas pela estação de metrô Praça da Revolução. Estudante de jornalismo de uma prestigiada universidade de Moscou, Paizulayeva disse hoje considerar Moscou como sua cidade-natal.
Entretanto, ela nota os olhares nervosos quando entra em um ônibus ou trem. Há um ano, um homem gritou “Chechena!” e a agarrou pelo pescoço enquanto ela andava pelo metrô. Ela conseguiu escapar.
Até alguns conhecidos da faculdade, segundo ela, a tratam com “cautela”.
“Quando esses incidentes ocorrem”, ela disse, “você sente uma frieza”.
Os líderes da Rússia parecem estar tentando minimizar o elemento étnico dos ataques. Recentemente, o presidente Dimitri A. Medvedev reprovou jornalistas e autoridades por se referirem a pessoas do Cáucaso como se elas fossem estrangeiras.
“Não é uma província estrangeira, é nosso país”, disse Medvedev numa reunião no Daguestão. “Um número enorme de pessoas mora aqui, e a maioria delas são pessoas normais, honestas e decentes.”
Porém, o pedido do presidente não impediu que autoridades de menor hierarquia pedissem medidas de segurança mais rígidas focando diretamente em caucasianos. Desde os ataques, houve vários pedidos por um plano proposto por investigadores russos, no começo de março, de coletar amostras de DNA e impressões digitais de todos os moradores da região.
Várias pessoas que monitoram a violência xenofóbica na Rússia disseram que os ataques recentes ainda não provocaram o aumento do sentimento anti-tchetcheno que muitas vezes acompanhou os ataques anteriores, nos anos em que ocorreram com maior frequência.
“É diferente do que vimos antes”, disse Svetlana Gannushkina, diretora da Civil Assistance, um grupo de direitos humanos.
“Não vejo as pessoas alarmadas como antes”, disse Gannushkina, acrescentando: “Mas ainda não sabemos o que irá acontecer.”
Mesmo antes dos ataques recentes, os chechenos tinham dificuldades em escapar do estigma associado à sua terra natal depois de tantos anos de violência e difamação.
Até pessoas que não parecem particularmente tchetchenas, como Alshna, uma mulher chechena de 36 anos que se recusou a fornecer seu sobrenome, disseram carregar o estima em seus passaportes, que indicam o local de nascimento.
Uma olhada no passaporte foi o suficiente para negar habitação, emprego e assistência médica, disse Alshna, que mora em Moscou há 15 anos. A diretora de uma escola local se recusou a registrar a filha de Alshna, dizendo temer que a menina pudesse “chegar e explodir tudo.”
“Aqui, a cada dois passos a polícia para e insulta você”, contou Alshna. “Mesmo que sejam pessoas decentes, eles ainda têm muito medo de nós.”Brasil é o país que mais desmatou no mundo entre 2000 e 2005, diz pesquisa
No total, entre 2000 e 2005, a perda foi de 1.011.000 km2 de, o que representa uma redução de 0,6% a cada ano. A superfície florestal do planeta era de 32.688.000 km2 no início do estudo.
Segundo maior país em quantidade de área florestal (4,6 milhões de km2), atrás apenas da Rússia (5,12 milhões de km2), o Brasil sofreu a maior redução de suas matas no período. Foram 165 mil km2 (3,6% do total) de matas cortadas. Já o Canadá, com superfície florestal de 3 milhões de km2, foi o segundo com maior redução de área verde. O país perdeu 160 mil km2 no período, que representam 5,2% do total de suas florestas. A perda bruta de superfície florestal é definida na pesquisa como produto de causas naturais, como incêndios provocados por raios, e atividades humanas.
Segundo os autores da pesquisa, divulgada pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, estimativas precisas são indispensáveis nos esforços de contabilização das emissões de dióxido de carbono, um dos principais gases de efeito estufa, e para elaborar modelos climáticos, explicaram.
Por região, as matas boreais, no Ártico, representam 26,7% da superfície florestal do planeta - a segunda mais importante - e registraram a maior redução para o período (4% do total). Dois terços desta quantia tiveram origem em incêndios naturais, afirmaram cientistas das Universidades de Dakota do Sul e de Nova York, dos Estados Unidos.
Amazônia
As matas tropicais úmidas, que cobrem 11,5 milhões de km2 do planeta e representam a maior superfície florestal da Terra, perderam 2,4% de sua superfície, o que equivale a 27% da perda total.
A análise para a Amazônia considerou um outro estudo, divulgado em 2009, que usou como referência os dados sobre desmatamento do Prodes, sistema de monitoramento por satélite da Amazônia Legal no Brasil, mantido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os dados foram comparados com as medições do sensor Modis do satélite Landsat e destacam a porcentagem de área florestal desmatada em cada estado para o período. Segundo as duas fontes, Mato Grosso teve cerca de 10% de sua área desmatada no período, a maior taxa. O Amapá é o estado que menos sofreu com desmatamento entre 2000 e 2005, com menos de 1% de sua área total comprometida.
Mundo
As florestas tropicais em zona seca - 7,13 milhões de km2, ou 21,8% das superfícies de mata do mundo - diminuíram 2,9% de 2000 a 2005, o que representou 20,2% das perdas florestais totais. Já as matas das zonas temperadas - 5,2 milhões de km2, ou 16,1% do total mundial em 2000 -, perderam 3,5% de sua superfície.
Por continente, a América do Norte - com superfície florestal de 5,8 milhões de km² em 2000 - sofreu a maior redução no período (5,1%, ou 295 mil km2). Ásia e América do Sul perderam duas vezes menos em comparação com sua superfície de mata, 2,8% e 2,7%, respectivamente.
* Com informações da France Presse
Terceiro encontro do OEA no projeto Mini ONU é bem sucedido.
Nessa terça-feira houve a terceira reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA) no colégio Roberto Carneiro. Com uma simulação sobre o aborto, muitos delegados se pronunciaram. Alguns sabiam informações sobre os demais países e tiveram mais argumentos lógicos e reais sobre o assunto. Outros, mesmo não sabendo as leis de seus países em relação ao tema, se esforçaram e argumentaram contra ou a favor das decisões e argumentos feitos na reunião.
Não houve a participação da maioria dos delegados, mas pode-se destacar a participação efetiva da delegada de El Salvador, delegado de Cuba, e delegada dos EUA. Banco Mundial e Colômbia também foram mais do que importantes para o andamento dos debates.
O comitê entrou em crise que envolvia os EUA e Cuba, que tiveram uma importante e interessante discussão. Ao término da sessão, os demais delegados chegaram a um acordo, formulando um documento de resolução final.
Apesar do debate bem sucedido, foi necessária a participação de alguns diretores que se revezavam representando a China. O objetivo dessa participação era incentivar os delegados que ainda estão hesitantes em falar.
Mesmo com um assunto sério como o aborto, o comitê se divertiu com as pérolas ditas, como:
“Em 45 mil abortos, 20 milhões são ilegais!” – EUA
“... então proíbo os americanos de pisarem no meu país! / Eles vem pra cá e fazem orgias!” – Cuba
Essa reunião teve como maior objetivo a demonstração da estrutura dos debates e também dos documentos. Assim conclui-se que o OEA ainda tem muito o que melhorar quanto a tranquilidade dos delegados, mas com muita expectativa os diretores continuam a desenvolver o comitê cada vez mais.
Ban voices relief at release of UN-AU peacekeepers freed in Darfur
The unarmed South African police advisers – two women and two men – were released yesterday. They had been abducted at approximately 4 p.m. on 11 April after departing from their team site in Nyala, South Darfur state, on a seven-kilometre journey back to their private quarters.
In a statement issued by his spokesperson, Mr. Ban said that he “appreciates the efforts made by the Government of Sudan,” as well as that of South Africa, in securing the safe release of the four police officers” serving with the mission, known as UNAMID.
“He once more emphasizes to all parties the importance of ensuring the safety of all UN and other personnel who are on the ground to help the people of Darfur,” it added.
After undergoing medical examinations, the four blue helmets, who are believed to be in good health, will be flown to their home country to be reunited with their families.
Yesterday, UNAMID Joint Special Representative Ibrahim Gambari, who travelled to Nyala to meet with the released kidnappers, expressed hope that “this is the last time that peacekeepers, both military, police and civilians, who are here to bring peace and stability to the people of Darfur, are subjected to such unacceptable ordeals.”
Earlier this week, he held talks with Sudanese President Omar al-Bashir, who pledged to do everything possible to bring about safe return of the UNAMID personnel.
The mission, with nearly 22,000 uniformed personnel, was set up at the beginning of 2008 to help end a seven-year conflict between the Government and rebels that has killed at least 300,000 people and driven 2.7 million others from their homes.
As viúvas negras da Chechênia
Elas ganharam notoriedade em outubro de 2002, quando imagens de mulheres chechenas vestidas com chador preto e com as cinturas adornadas por explosivos apareceram em reportagens sobre o ataque a um teatro
'Homossexualidade é um mal', diz autor de lei antigay em Uganda
Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
sábado, 24 de abril de 2010
ONU: acordo climático global é impossível em 2010
De Boer falava nos bastidores do primeiro encontro da ONU desde que a cúpula de Copenhague em dezembro fracassou na aprovação do acordo desejado por muitos países.
Os negociadores do encontro dos dias 9 a 11 de abril em Bonn têm lutado para encontrar uma fórmula para reavivar as negociações de um pacto de combate ao aquecimento global e acertar um cronograma antes do próximo encontro anual ministerial em Cancún, no México, em novembro e dezembro.
"Não acho que Cancún irá nos dar um resultado definitivo", disse De Boer, que em julho deixa o secretariado de mudança global da ONU após quase quatro anos.
"Acho que Cancún pode obter uma arquitetura operacional, mas fazer disso um tratado, se essa for a decisão, vai exigir mais tempo do que a cúpula. Acho que teremos muitas outras rodadas de negociações de mudanças climáticas antes da solução final ser encontrada".
Muitos delegados em Bonn estão pessimistas com o desfecho, dizendo que as conversas para encontrar um sucessor para o protocolo de Kyoto depois de 2012 perderam força.
Após dois anos de conversas, a cúpula de Copenhague foi incapaz de apresentar um sucessor para Kyoto, mas mais de 110 países desde então assinaram um acordo não-vinculante. O presidente norte-americano Barack Obama é um de seus maiores apoiadores.
O acordo prometeu 30 bilhões de dólares entre 2010 e 2012 para ajudar os pobres a enfrentar os impactos da mudança climática, como inundações, secas, deslizamentos de terra e aumento das marés.
Também se comprometeu a manter o aumento das temperaturas globais em menos de dois graus Celsius em relação à era pré-industrial, mas não detalhou com isso deveria ser feito.
De Boer descreveu o acordo de Copenhague como "um desfecho muito importante", mas muitos países em desenvolvimento em Bonn rejeitaram novas menções a ele nas conversas da ONU, sublinhando as tensões com os EUA, que nunca ratificaram Kyoto.
Explosões e três mortes agravam crise política na Tailândia
Três pessoas morreram nesta quinta-feira em uma série de explosões na capital tailandesa, Bangcoc, agravando a crise política que vive o país. Pelo menos cinco granadas foram detonadas perto de onde soldados armados se concentram para conter os manifestantes oposicionistas da UDD (Frente Unida pela Democracia contra a Ditadura, na sigla em tailandês), apelidados de "camisas vermelhas".
O governo afirma que os oposicionistas lançaram as granadas, mas os "camisas vermelhas" negaram a acusação. Outro grupo de manifestantes rivais esteve na área pouco antes. Cerca de dez mil soldados estão de prontidão no centro da cidade para evitar que os manifestantes invadam prédios e escritórios no distrito financeiro.
Tropas da ONU
Os ataques ocorrem em meio a boatos de que o Exército está preparando-se para remover os oposicionistas à força. A última vez que isso ocorreu, no início do mês, 25 pessoas foram mortas em choques na cidade.
"Precisamos utilizar armas para lidar com eles de forma decisiva, o governo agirá com decisão, mas o começo da operação poderá ser um caos", disse à imprensa, na terça-feira, o coronel Sansern Kaewkamnerd.
Também na quinta-feira, os "camisas vermelhas" pediram às Nações Unidas que enviem tropas de paz a Bangcoc para impedir que novos confrontos entre manifestantes e governo resultem em mais mortes. Os manifestantes estão acampados há seis semanas na capital e exigem que o governo dissolva o Parlamento e convoque eleições diretas, pois afirmam que a eleição do primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva, por voto parlamentar, não foi legal.
Negociação
Apesar da crescente tensão, o governo diz que ainda tenta negociar uma saída pacífica para a situação. Mas após o fracasso de duas rodadas de negociações, os líderes da UDD argumentam que não há clima para sentar à mesa.
O grupo contrário aos "camisas vermelhas", a Aliança Popular pela Democracia (PAD, na sigla em inglês), também conhecido como "camisas amarelas", deu um ultimato ao governo exigindo que os manifestantes da UDD sejam retirados da capital até o próximo domingo. Caso contrário, os militantes do PAD prometeram sair às ruas para protestar também.
Queda de braço
A queda de braço entre "vermelhos" e "amarelos" se prolonga desde 2006, quando o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra foi deposto por um golpe de estado. Thaksin Shinawatra era apoiado pela UDD, mas caiu sob a acusação de corrupção e conflito de interesses.
Em 2008, quando aliados dele retornaram ao poder, manifestantes "amarelos" foram às ruas. O embate ocorrido na época resultou no fechamento do aeroporto internacional de Bancoc e muito prejuízo para a indústria do turismo na Tailândia.
Países que se sentem excluídos pedem reforma do CS da ONU
Vários países-membros da ONU pediram nesta quinta-feira, 22, ao Conselho de Segurança maior transparência e abertura em suas ações, por considerarem que a organização adota suas decisões sem levar em conta a opinião do resto dos membros.
Esses pedidos de reforma foram feitos pelo Movimento dos Países Não-Alinhados (NOAL) durante uma reunião aberta do órgão convocada por seu presidente rotativo, o embaixador japonês Yukio Takasu, para revisar seus métodos de trabalho.
O embaixador do Egito na ONU, Maged Abdelaziz, se pronunciando em nome do NOAL, recomendou um maior número de reuniões às delegações que não são membros do Conselho para "aumentar a transparência, abertura e consistência no ano de seu mandato" de preservar a paz e a segurança no mundo.
Dessa maneira, poderia "levar em conta as opiniões e contribuições de um setor mais amplo dos membros das Nações Unidas, em particular daqueles que são objeto de discussão no Conselho", ressaltou.
Ao mesmo tempo, o representante dos 118 países do NOAL exigiu ao Conselho que deixe de "invadir" funções e poderes que correspondem à Assembleia Geral das Nações Unidas e ao Conselho Econômico e Social.
Ele também pediu ao principal órgão da ONU que evite invocar em suas ações o capítulo VII da Carta das Nações Unidas, que autoriza o uso da força, e se limite a empregá-lo como "medida de último recurso".
Os partidários da reforma do Conselho de Segurança consideram defasado e injusto o atual modelo do órgão, no qual Reino Unido, França, Estados Unidos, Rússia e China, os cinco grandes vencedores da Segunda Guerra Mundial, seguem sendo os únicos membros permanentes e com direito a veto.
O resto dos 192 países que integram a ONU só tem acesso a dez assentos não-permanentes, por períodos de dois anos e, por isso, muitos se sentem excluídos das decisões adotadas pelo órgão.
Os cinco membros permanentes, por sua vez, reiteraram em geral seu compromisso com um Conselho mais transparente e aberto, mas também ressaltaram a importância de que as mudanças não afetem sua eficácia e capacidade de ação.
As potências também destacaram que nos últimos anos se multiplicou o número de debates e reuniões abertas e que, além disso, continuam as longas negociações para ampliar a composição do principal órgão.
"É preciso equilibrar transparência com eficácia. O Conselho de Segurança deve poder discutir em privado alguns assuntos delicados", observou o embaixador do Reino Unido na ONU, Mark Lyall Grant.
Irã retira sua candidatura ao Conselho de Direitos Humanos da ONU
O Irã retirou nesta sexta-feira, 23, sua candidatura ao Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU, que havia sido duramente criticada por organizações de direitos humanos e diversos governos ocidentais.
"Parece que tiveram de retirar sua candidatura ante a chuva de críticas que haviam recebido", afirmou á Efe a responsável por assuntos globais daHumans Right Watch (HRW), Peggy Hicks.
Representantes da República Islâmica divulgaram a decisão de seu governo em uma reunião a portas fechadas na sede da ONU do grupo regional dos países do Oriente Médio e asiáticos.
O Irã competia com outros quatro países pelas quatro praças que correspondem a essa região e que devem ser decididas nas eleições do próximo vez. Na ocasião, a Assembleia Geral da ONU renovará parte dos 47 membros que integram a CDH.
A saída de Teerã da disputa garante que seus competidores - Tailândia, Maldivas, Catar e Malásia) serão automaticamente convertidos em membros do máximo organismo de direitos humanos da ONU, com sede em Genebra.
A candidatura iraniana despertou o rechaço das principais organizações internacionais de direitos humanos, assim como dos principais ativistas iranianos no tema.
O Irã recebeu fortes críticas de países ocidentais no CDH em fevereiro após a sangrenta repressão de protestos pacíficos contra o resultado das eleições presidenciais do ano passado, assim como o elevado número de execuções e outras violações dos direitos humanos cometidas no país.
As ações da ONU contra o crime
Mesmo assim, as propostas aprovadas serão encaminhadas à Comissão das Nações Unidas contra o Crime, para que as mais relevantes sejam aprofundadas e aperfeiçoadas em reunião marcada para o próximo mês, em Viena. Nesse evento, elas serão redigidas sob a forma de projetos de resolução e de convenções internacionais e deverão ser submetidas à Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York.
Com 47 itens, a Carta de Salvador prevê acordos de cooperação jurídica internacional com o objetivo de coibir o tráfico de seres humanos e a criminalização dos migrantes ilegais e suas famílias. O documento também cobra dos países-membros da ONU ações mais eficientes contra a corrupção, crimes ambientais e violência contra a mulher e reivindica mais recursos para o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), cujo orçamento é de US$ 3,2 bilhões. Segundo o secretário executivo do órgão, John Sandage, esse valor é insuficiente para combater o narcotráfico, que movimentaria mais de R$ 320 bilhões por ano. Os participantes do Congresso pleiteiam ainda a criação de um fundo de investimento em favor das nações mais pobres, que não dispõem de recursos financeiros, de tecnologia de investigação, de equipamentos de informática e de pessoal treinado para coibir a criminalidade transnacional com o mínimo de eficiência.
Os temas mais polêmicos do Congresso envolveram os novos tipos de delito surgidos com o avanço das telecomunicações - o chamado crime cibernético. Atualmente, existe apenas uma convenção internacional sobre o tema - a Convenção de Budapeste. Negociada em 2001 pelos países-membros da União Europeia e em vigor desde 2004, ela define os crimes cometidos pela internet no âmbito do bloco, como as invasões de hackers nos sistemas de informática de instituições financeiras e a disseminação de pornografia infantil e ofensas racistas e religiosas.
No encontro de Salvador, discutiu-se a possibilidade de se criar uma outra convenção internacional sobre a matéria, a ser negociada entre os 189 países-membros da ONU. Os países europeus defenderam a adesão dos demais à Convenção de Budapeste. O governo brasileiro, que pretende indicar o nome do secretário de assuntos legislativos do Ministério da Justiça, Pedro Abramovay, para uma das vagas de diretor do UNODC, foi contra.
Sob a alegação de que a Convenção de Budapeste vai muito além dos crimes cibernéticos, envolvendo dispositivos sobre propriedade intelectual e direitos autorais na internet, o Brasil defendeu a realização de uma reunião internacional específica para discutir a matéria. Contudo, alguns países de pequeno porte resistiram à ideia de se convocar uma convenção internacional, sob a justificativa de que não dispõem de condições para cumprir as exigências de um tratado desse tipo. Em vez de um acordo, eles pleitearam dinheiro para treinamento no combate aos crimes eletrônicos.
Como sempre ocorre em encontros desse tipo, as negociações sobre os itens da Carta de Salvador foram feitas a portas fechadas, tendo sido divulgado só o que foi aprovado por consenso. Argentina, Brasil, China, Espanha, Japão e Rússia questionaram imprecisões e lacunas no documento final, mas se comprometeram a enviar sugestões de emendas à Comissão das Nações Unidas contra o Crime, antes da reunião de Viena. Isso mostra como é difícil combater crimes de alta complexidade tecnológica, que exigem know-how, capacidade operacional e recursos financeiros para serem coibidos.
Paraguai levará à ONU queixa formal contra o Brasil
O governo do Paraguai levará uma queixa formal à ONU contra a decisão do Brasil de dar status de refugiado para três paraguaios, no que é a primeira disputa bilateral entre os dois países a chegar às instâncias internacional. O Brasil já enfrentou o questionamento da Itália em relação à situação de Cesare Battisti, acusado de terrorista em Roma.
Segundo as autoridades de Assunção, os refugiados já teriam sido condenados por sequestros e crimes no país e o Brasil estaria violando as Convenções de Genebra sobre Refugiados ao conceder o benefício e a proteção aos três paraguaios.
Na próxima semana, diplomatas paraguaios se reunirão em Genebra com o Alto Comissário de Refugiados da ONU para pedir que a entidade intervenha no caso e pressione o Brasil para que reveja o caso. "A reunião ocorrerá na segunda-feira", confirmou Raul Martinez, diplomata da Missão do Paraguai perante a ONU, ao Estado. A assessoria de imprensa da ONU também confirmou a reunião para falar sobre o tema e indicou que o governo brasileiro não havia sido convidado.
Um comunicado emitido pela chancelaria paraguaia ainda indicou que Assunção será representada pelo embaixador Federico González e pelo diretor de Assuntos Legais do Ministério de Relações Exteriores, Carlos Fleitas.
Assunção alega que os três refugiados - Juan Arrom, Anuncio Marti e Victor Colman - formavam parte do obscuro Partido Patria Livre (PPL), uma entidade supostamente de extrema esquerda. Os paraguaios acusam PPL de ter ligações com a Farc e que as duas entidades teriam colaborado para o sequestro da filha do ex-presidente do Paraguai, Raul Cubas, em 2005. O status de refugiado foi dado aos três paraguaios há seis anos, pelo Ministério da Justiça e pelo Conselho Nacional de Refugiados.
O governo paraguaio alega que os três refugiados teriam se reagrupado no Brasil e formado o Exército do Povo Paraguaio, coordenando à distância sequestros e assassinatos. Um dos sequestros atribuídos ao grupo teria sido registrado em outubro de 2009. No dia 17 de janeiro, a vítima foi liberada mediante o pagamento de US$ 550 mil.
Para o Paraguai, essas pessoas não estão sendo perseguidas politicamente. Seriam apenas criminosos. Entre os sequestros organizador pelo grupo está ainda o da esposa de um empresário, Maria Bordón, que ficou 64 dias em cativeiro. O resgate, pago em 2002, chegou a US$ 300 mil.
No dia 5 de fevereiro deste ano, Assunção pediu oficialmente que o status de refugiado dos paraguaios seja revisto. No comunicado que entregarão à ONU, os paraguaios alertam que "existem motivos para o cancelamento ou a não renovação imediata do status de refugiado de Arrom, Marti e Colman, argumentando que existem fatos demonstrados com documentos que testemunham que os mesmos não estão em condições de ter tal proteção jurídica, conforme o direito internacional".
Para a reunião, os diplomatas entregarão uma carta do ministro de Relações Exteriores do Paraguai, Héctor Lacognata, ao alto comissário do ONU para Refugiados, Antonio Guterres, ex-presidente de Portugal. O objetivo é o de conseguir que a ONU force o Brasil a apresentar um informe sobre os motivos que levaram o Ministério da Justiça a dar o status de refugiado e que investigue a situação.
Na carta que será entregue, o Paraguai ainda acusa o Brasil de violar a Convenção de Genebra de 1951 que estabelece as regras que governos devem seguir para dar status de refugiado a cidadãos estrangeiros. Para o Paraguai, Arrom, Martí e Colmán não poderiam ter recebido a proteção brasileira.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
História da Intifada Palestina
Por Darwich Al Mahdy, da direção da União da Juventude Árabe para América Latina (UJAAL)-Bolívia.
O conflito israelense-palestino é um dos mais complexos do cenário internacional e a principal chave da instabilidade da região do Oriente Médio. O território conhecido como Palestina é motivo de uma disputa há mais de um século, sendo que a criação do Estado Sionista de Israel em 1948, ampliou esse conflito, abortando o nascimento do Estado Árabe Palestino.
Neste conflito se combinam diversos elementos. Tudo começou como uma disputa pelo território entre dois movimentos nacionais com diferentes projetos, provocando a intromissão das potências durante a Guerra Fria, e com o tempo envolveu outros atores regionais, ocasionando conflitos bélicos, tornando-se cada vez mais complicado, ao mesclar elementos ideológicos, religiosos e a disputa pelos escassos recursos naturais da região.
Com o passar dos anos, o enfrentamento entre essas duas forças desiguais - O Estado sionista de Israel e um movimento de libertação nacional, encarnado pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP) – se intensificaram. Esta desigualdade permitiu que Israel ocupasse o território que serviria de base para a formação do Estado Palestino, mantendo sob o controle militar a população palestina árabe e revogando seus direitos fundamentais. A ocupação de Gaza e da Cisjordânia valeu a Israel uma condenação por parte da comunidade internacional, ainda que essa tenha sido bastante tímida.
Os inícios dos conflitos remontam ao período colonial e ao surgimento dos movimentos nacionalistas na Europa e no Oriente Médio. No final do século XIX, nas provincias árabes do império Otomano, foram se desenvolvendo movimentos revolucionários nacionalistas que reivindicavam a autodeterminação da população, fazendo valer sua identidade árabe. Na Europa, já na fase de decadência do imperialismo e sob o calor do nacionalismo, foi articulado um movimento singular; o Sionismo. Esse movimento propunha a criação de uma entidade estatal para os judeus dispersos pelo mundo. O sionismo via na Palestina, terra onde foi fundado o judaísmo, o lugar ideal para realizar seu projeto nacional. Desde princípios do século XX, este movimento proporcionava a instalação de judeus vindos da Europa nesse território. Esta imigração tomou envergadura sob o mandato britânico, entre 1920 e 1948. Esse sistema foi estabelecido pela Sociedade das Nações que concedeu aos países vitoriosos da primeira guerra o controle das colônias dos países derrotados, sob a justificativa de preparar sua “independência”.
No entanto, outras províncias otomanas da região foram alcançando paulatinamente sua independência, a disputa palestina seguiu sob o controle colonial, os dois projetos nacionais, o árabe palestino e o sionista, se chocaram quando a comunidade judaica intensificou imigração, criando instituições autônomas e desenvolvendo práticas excludentes e discriminatórias sobre os povos árabes. Pouco a pouco foi crescendo uma espiral de violência entre árabes e sionistas (entre 1936 e 1939 ocorreram importantes revoltas árabes revolucionárias, contra a ocupação britânica e contra os movimentos terroristas sionistas).
Depois da segunda Guerra Mundial e diante da iminente retirada britânica, as Nações Unidas (ONU) adotaram a resolução 181 (novembro de 1947) criando dois Estados. Essa medida entregava aos sionistas 56,47% do território da região, e somente 47,53% para o Estado Árabe Palestino. Este plano foi rechaçado pelos árabes, pois aos seus olhos tal plano legalizava os planos coloniais pretendidos pelos sionistas.
Em maio de 1948, a comunidade judaica fez uma declaração unilateral de independência do Estado Sionista de Israel. A atitude desencadeou a intervenção militar dos Estados Árabes vizinhos em apoio aos palestinos. Os exércitos árabes em poucas horas estavam tomando o controle de grande parte do território palestino, o exército iraquiano chegou até Tel Aviv. Entretanto, essa oportunidade histórica de derrotar o estado sionista foi perdida porque países árabes que participaram da guerra (Jordânia, Egito e Síria) aceitaram uma proposta de trégua e a intervenção da ONU na região. O único país árabe a recusar esse acordo foi o Líbano que continuou com seus exércitos combatendo na frente norte da Palestina. Em três semanas o recém estado Sionista, começou a trazer dos países capitalistas europeus mais armamentos e aviões militares e iniciou o treinamento de pilotos na Europa, que ofereceu todo o seu apoio ao estado Sionista. Israel ainda ganhou apoio e simpatia oferecida pelo ditador soviético Stálin. Isso não levou apenas a saída dos exércitos árabes, mas provocou também a saída de grande parte da população palestina que abandonavam seus territórios, ampliado a extensão do território israelense muito mais do que o previsto em seu plano inicial. Israel se aproveitou ainda da desarticulação da sociedade palestina provocada pelo êxodo da guerra. Os movimentos terroristas nazi-sionistas cometeram massacres, roubos, seqüestros e contra o povo palestino. Depois da intervenção da ONU, legitimando a ocupação sionista, os territórios de Gaza e Cisjordânia ficaram sob o controle de Egito e da Jordânia, e Jerusalém foi dividida, o que frustrou o sonho de criação de um Estado árabe palestino.
O novo Estado Sionista de Israel se alinhou prontamente com as potencias européias frente ao nacionalismo árabe (Guerra pela nacionalização do Canal de Suez em 1956), ganhando apoio político, econômico e militar. Quando Israel avaliou que estava mais fortalecido do que nunca, um novo capitulo dessa trágica história foi aberto.
Em 1967, Israel, por motivos de segurança nacional, e pela necessidade de controlar recursos naturais como o controle da água, desencadeia uma ofensiva militar ocupando as colinas de Golan na Síria, a península do Sinai egípcio e os territórios palestinos em Gaza e na Cisjordânia controlando definitivamente da totalidade do território palestino.
Desde essa data então, a Cisjordânia e a faixa de Gaza, se tornam partes do território palestino, sob ocupação militar israelense. Este regime impôs um estado de exceção permanente, a perseguição de todos os nacionalistas palestinos, apropriação de seus recursos naturais (terras e água), a gradual expropriação de terras para instalação de colonos judeus em (1997 foram instalados mais de 150 mil colonos na faixa de Gaza e na Cisjordânia e outros 170 mil em Jerusalém), enfim a total subordinação da economia palestina ao estado de Israel.
Durante as primeiras décadas, Israel se consolidou como Estado e promoveu a instalação massiva de judeus na região. Dispersos entre vários países e divididos internamente a atuação dos palestinos foi limitada a alguns enfrentamentos pouco eficazes contra Israel. Mas a partir de 1964 começou a crescer a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
A oposição palestina foi se reorganizando no exterior. Durante os anos 1970 y 1980, a OLP recompôs o tecido nacional palestino. A OLP combinou a ação diplomática com a luta armada para libertar o território palestino ocupado, porém lentamente a OLP foi aceitando a fórmula da divisão territorial entre árabes e palestinos sob a condição da livre determinação e o direito de dispor de um estado soberano que assegurasse o retorno dos refugiados.
Frente à intransigência de Israel e o contínuo apoio de seus aliados externos, nem a via diplomática nem a luta armada deram resultados. No final do ano de 1987 foi desencadeado um levante popular palestino na Cisjordânia e na faixa de Gaza. A Intifada, como ficou conhecido o levante, envolveu um amplo movimento de luta que rechaçava a ocupação provocando uma imensa comoção internacional e revelando a verdadeira face da ocupação israelense.
No calor da revolta, em junho de 1988, a Jordânia rompeu seus vínculos administrativos com a Cisjordânia. Em novembro o conselho nacional palestino (parlamento no exílio) declarou o Estado de Palestina. A situação se tornou cada vez mais insustentável para Israel, que continuava resistindo a qualquer mudança de política. No entanto, a Intifada somada a guerra do golfo obrigaram Israel a iniciarem um processo de negociação tutelado pelos EUA. Mas as negociações e o processo de paz não sobreviveram muito, provando definitivamente que Israel é um estado que não pode viver em paz com seus vizinhos.
Após 'ameaça' nuclear, presidente do Irã chama Obama de 'inexperiente e amador'
Ele afirmou que o regime de Teerã não cederá diante de ameaças.
O presidente do Irã lançou um ataque contundente e pessoal contra o presidente norte-americano, Barack Obama, nesta quarta-feira (7), dizendo que Obama é um "amador inexperiente" que se apressou demais a ameaçar os inimigos dos Estados Unidos com o uso de armas nucleares.
Comentando sobre novas restrições anunciadas pelos EUA ao uso de armas atômicas, que transmitiram uma mensagem séria ao Irã no sentido de que esse país continua a ser um alvo potencial, o líder de linha dura Mahmoud Ahmadinejad disse a Obama que o Irã não cederá diante de ameaças.
"Obama deu essas declarações mais recentes porque é um político inexperiente e amador", disse Ahmadinejad na televisão iraniana. "Os políticos norte-americanos são como caubóis. Sempre que têm deficiências legais, suas mãos vão para suas armas."
Obama fez um gesto de abertura diplomática em relação ao Irã logo após chegar ao poder, em 2009, exortando o país a "descerrar seu punho".
Desde então, porém, vem se intensificando o confronto em torno das atividades nucleares do Irã, que o Ocidente desconfia que tenham por objetivo desenvolver uma bomba atômica, enquanto Teerã afirma que visam apenas fins civis.
Recentemente Obama vem exortando os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas a apoiar a adoção de novas sanções contra o Irã.
Suas mudanças na política de armas dos EUA foram anunciadas antes de uma cúpula nuclear que acontecerá em Washington na próxima semana. Obama renunciou ao desenvolvimento de novas armas nucleares e excluiu a possibilidade de serem empregadas armas nucleares contra países que não possuem essas armas.
Mas essa renúncia veio acompanhada de uma condição. Os países só serão poupados de uma possível resposta nuclear dos EUA se cumprirem os termos do Tratado de Não Proliferação Nuclear. Assim, o Irã e a Coreia do Norte não estariam protegidos e podem ser potenciais alvos.
"Ontem foram divulgadas notícias dizendo que ele (Obama) ameaçou usar armas nucleares e bioquímicas contra países que não seguem as diretrizes da América e não cedem às pressões da América", disse Ahmadinejad em discurso feito na cidade de Urmia, no noroeste do Irã. "Esperamos que essas notícias sejam falsas."
O Irã vai sediar sua própria Conferência sobre o Desarmamento Nuclear em 17-18 de abril. A China, que Obama vem cortejando para que apoie a adoção de sanções contra o Irã, declarou que talvez compareça à conferência iraniana.
O Irã, que diz que seu programa nuclear tem finalidades apenas pacíficas, também repetiu os avisos a Israel para que não o ataque.
"Se eles (Israel) atacarem o Irã, é possível que não sobre rastro do regime sionista (Israel)", teria dito o ministro da Defesa iraniano, Ahmad Vahidi, segundo a agência de notícias semioficial Mehr.
Israel já deu a entender que pode atacar o Irã, em um esforço para interromper suas atividades nucleares. O Irã ameaçou retaliar contra qualquer possível ataque, lançando mísseis contra Israel, país que se acredita que possua o único arsenal atômico do Oriente Médio.
Hillary Clinton pede a aliados árabes apoio para palestinos
Documento pede que Israel congele sua colonização de territórios.
A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, pediu neste sábado (26) aos países aliados do Golfo que prestem ajuda financeira aos palestinos visando promover o diálogo de paz com Israel.
Os ministros das Relações Exteriores dos países do Golfo e Clinton divulgaram um comunicado conjunto defendendo um "progresso rápido" em direção à retomada das conversações entre Israel e os palestinos.
O comunicado cita os ministros de Arábia Saudita, Kuwait, Barein, Qatar, Emirados Árabes Unidos e Omã, cujo apoio aos palestinos é solicitado por Clinton.
O comunicado também destaca o pedido dos países árabes para que Israel congele sua colonização dos territórios, algo que a administração de Barack Obama não conseguiu na Cúpula entre Estados Unidos, Israel e a Autoridade Palestina na semana passada, à margem da Assembleia Geral da ONU.
O documento elogia ainda o discurso de Obama na Assembleia Geral, no qual pede a retomada das conversações de paz, "sem condições prévias", sobre a segurança para israelenses e palestinos, fronteiras, refugiados e Jerusalém.
Ahmadinejad trata com o sultão de omã cooperação econômica e política
Ahmadinejad chegou hoje à capital de Omã em uma visita de 24 horas, após encerrar uma outra, histórica, aos Emirados Árabes Unidos, onde minimizou a importância das pressões ocidentais sobre o país e defendeu uma aliança econômica, política e defensiva com os vizinhos árabes do Irã.
Segundo fontes oficiais iranianas, os dois países assinarão um acordo para estabelecer um investimento conjunto no âmbito do gás, que permitiria a exportação de 1 bilhão de pés cúbicos diários da jazida de Hengam, que Teerã e Mascate desenvolvem de forma conjunta no sul do Golfo Pérsico.
O presidente iraniano, acompanhado por uma grande delegação do país, entre cujos membros estão os ministros de Assuntos Exteriores, Manouchehr Mottaki, e do Petróleo, Kazem Hamaneh, deve se reunir esta noite em Mascate com empresários omanis.
"Um dos objetivos mais importantes da visita a Mascate é o aumento dos investimentos conjuntos nos âmbitos de petróleo, gás e petroquímico", disse o embaixador do Irã em Omã, Morteza Rahimi.
Rahimi informou que a República Islâmica abrirá escritórios comerciais em Mascate e no porto de Khasab, similares aos que este sultanato tem na cidade iraniana de Bandar Abas. EFE
Amorim diz que Brasil não é pró-Irã, mas teme punição injusta àquele país
Ele cita o exemplo do Iraque, onde não se encontrou armas nucleares.
"O Brasil não é pró-Irã, mas quer ter relação com todos os outros países, quer ter relação com o Paquistão e a Índia mesmo que eles não tenham boa relação entre si"
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta terça-feira (6) que o Brasil não é “pró-Irã”, mas disse temer que aquele país acabe sendo punido injustamente com sanções por supostamente estar caminhando para o desenvolvimento de armas nucleares. Amorim citou o exemplo do Iraque, onde não foram encontradas armas de destruição em massa após a invasão, e disse que o melhor caminho no Irã é a busca de uma solução negociada. Ele participa de uma audiência na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado.
“O Brasil não é pró-Irã, mas quer ter relação com todos os outros países, quer ter relação com o Paquistão e a Índia mesmo que eles não tenham boa relação entre si, como queremos ter boas relações com os Estados Unidos, a Rússia, a China, etc. Enfim, nós somos a favor da paz”, afirmou Amorim.
O ministro afirmou que a aplicação de sanções contra o Irã poderá piorar a situação naquele país. “A alternativa das sanções para um regime irá é tornar mais rígidas as posições, vai juntar governo e oposição numa posição de intransigência porque o governo vai ter que mostrar que não capitulou para o Ocidente. Sanções sempre atingem camadas mais baixas da população”.
Amorim lembrou a guerra do Iraque e o fato de não ter se encontrado armas de destruição em massa naquele país. Ele destacou que as sanções impostas antes da guerra prejudicaram a população iraquiana e disse temer que isso se repita no Irã. “Tenho uma preocupação grande de que algo parecido ocorra agora”.
Ele destacou que a própria agência atômica consideraria resolvidas questões anteriores em relação ao programa nuclear iraniano. O que haveria agora seriam apenas alegações de alguns serviços de inteligência de que o país de Mahmoud Ahmadinejad estaria caminhando para ter a bomba atômica. Amorim disse duvidar que essa seja a intenção do Irã e afirmou que aquele país não deverá renunciar ao direito de enriquecer urânio para fins pacíficos.
Senadores da oposição questionaram a posição do Brasil em relação ao Irã. O líder do PSDB, Arthur Virgílio (PSDB-AM), disse que o próprio Amorim não deve acreditar que o Irã não tem intenção de ter arma nuclear. “Custo a acreditar que o senhor acredite que ira não queira armas, até porque eles já disseram que querem”.
Entenda a crise mundial dos alimentos
Organismo de alimentos da ONU aponta principais fatores.
Os alimentos estão mais caros e, no mundo todo, o tema deixa autoridades em alerta e esquenta debates em torno das possíveis causas para a escassez de comida.
Para explicar a crise atual, no entanto, não é possível eleger um “vilão” específico. Segundo especialistas, são muitos os fatores que culminaram no cenário de inflação agravado desde o começo do ano.
De acordo com o Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas, a falta de alimentos ameaça como um "tsunami silencioso", e pode afundar na fome 100 milhões de pessoas.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) para Agricultura e Alimentação (FAO) os principais fatores que influenciam a alta dos preços dos alimentos são o aumento da demanda, a alta do petróleo, a especulação e condições climáticas desfavoráveis. Há controvérsias sobre a dimensão da responsabilidade dos biocombustíveis, cujas matérias-primas (cana, milho e outras) disputam espaço com culturas destinadas à produção de comida. Saiba mais sobre cada um desses fatores:
Mais demanda, menos
A população mundial está comendo mais. Especialmente nas economias que têm registrado maior expansão, como a da China, que tem 1,3 bilhão de habitantes. Com mais gente comprando, vale a lei da oferta e da procura: os produtos se valorizam no mercado e ficam mais caros.
Alta do petróleo
O preço do barril de petróleo vendido em Nova York e em Londres tem, sim, relação direta com a escalada do valor dos alimentos, já que a agricultura demanda grandes quantidades do óleo, seja no maquinário, tratores, uso de fertilizantes ou transporte, até esse produto chegar ao consumidor.
“O aumento no petróleo também faz com que o preço final dos alimentos fique mais caro”, diz Francisco Carlos Teixeira, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo ele, o preço do barril influi diretamente nas commodities agrícolas em duas pontas: na produção e na distribuição.
“Hoje, a agricultura é totalmente industrializada e depende em boa medida do petróleo, usado como matéria-prima para uma série de produtos, como defensivos agrícolas e químicas de preparação da lavoura. Além disso, também movimenta os veículos que transportam as safras agrícolas”, diz Teixeira.
Especulação
Com a queda do dólar, investidores que ganhavam dinheiro investindo na moeda norte-americana migraram para a aplicação em outras commodities, como os produtos agrícolas.
Muitos fundos têm usado as bolsas de mercadorias para especular com a antecipação da compra de safras futuras em busca de melhor rentabilidade, o que também contribui para valorizar e o preço de commodities como o trigo e o arroz.
Segundo a FAO, os preços internacionais do arroz começaram uma escalada desde o início do ano, depois de subirem 9% em 2006 e 17% em 2007. O preço do produto subiu 12% em fevereiro e mais 17% em março, segundo o índice All Rice Price, elaborado pela entidade.
Condições climáticas
O clima é outro fator que reduziu a quantidade de alimentos produzida no mundo, segundo relatório da ONU divulgado na semana passada.
As condições climáticas desfavoráveis devastaram culturas na Austrália e reduziram as colheitas em muitos outros países, em particular na Europa, segundo a FAO.
Segundo as previsões da FAO, as reservas mundiais de cereais caíram para o seu nível mais baixo em 25 anos com 405 milhões de toneladas em 2007/08, 5 % (21 milhões de toneladas) abaixo do nível já reduzido do ano anterior.
Biocombustíveis?
"Os biocombustíveis são apenas uma gota no oceano desse cenário de aumentos”, diz a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Suzana Kahn Ribeiro.
Segundo ela, o caso do biocombustível é particular do etanol fabricado a partir do milho dos Estados Unidos. "O milho é uma cultura alimentar e, de fato, começou a haver um desvio da produção de milho com finalidade para alimento para a produção do etanol", diz.
Com a redução da oferta de milho subiu o preço dos derivados, o que começou um processo em cadeia; aumentou o preço da ração dos animais e, conseqüentemente, das carnes. "No Brasil (onde o etanol é feito a partir da cana-de-açúcar) a realidade é bem diferente; tanto que, no nosso histórico dos últimos 30 anos, aumentamos a produção não só de etanol, mas também de alimentos", diz.
Ahmadinejad diz que Israel e aliados pagarão caro se atacarem Gaza
Segundo a agência semioficial iraniana Fars, Ahmadinejad fez esta declaração durante a inauguração de uma fábrica para a produção de matéria-prima na fabricação de aço, na Província iraniana de Kerman.
'Não voltem a cometer o erro de atacar Gaza, já que vão pagar caro', ameaçou o presidente iraniano, que não reconhece o Estado de Israel e o qualifica como "o regime sionista de ocupação".
O governo israelense ameaçou nesta sexta-feira lançar uma nova ofensiva contra o grupo radical islâmico Hamas, que controla a faixa de Gaza (território palestino) desde 2007, caso continuem os disparos de foguetes a partir desta região. No dia anterior, aviões israelenses fizeram uma série de ataques às cidades de Gaza, Rafah e Khan Younis.
O primeiro-ministro do Hamas, Ismail Haniyeh, fez um apelo à comunidade internacional para que impeça o início de um novo ciclo de violência. "Exortamos à comunidade internacional para que intervenha e coloque um fim a esta escalada e a agressão israelense", declarou, em um comunicado oficial.
Programa nuclear iraniano
Ahmadinejad aproveitou para criticar o tratamento dado pelo Ocidente às atividades nucleares do Irã.
'Eles mentem e dizem que o Irã tenta produzir bombas atômicas, enquanto eles próprios têm bombas atômicas', afirmou.
O regime iraniano é criticado por grande parte da comunidade internacional por conta de seu controvertido programa atômico.
Países como Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Israel acusam o regime iraniano de esconder sob o programa nuclear civil outro de natureza clandestina e com ambições bélicas, cuja meta seria adquirir armas atômicas, uma alegação que Teerã rejeita.
Desde fevereiro, Washington, apoiada por Londres, Paris e Berlim tentam pactuar novas sanções internacionais contra o Irã.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Coréia do Norte torpedeou navio do Sul, diz agência
SEUL (Reuters) - Os militares sul-coreanos acreditam que um torpedo disparado pela Coreia do Norte provocou o naufrágio de um navio no mês passado, com base em informações reunidas em conjunto com os Estados Unidos, disse a agência de notícias Yonhap nesta quinta-feira.
Se confirmado, terá sido um dos incidentes mais graves entre os dois rivais desde o fim da Guerra da Coreia (1950-53), e colocará mais pressão política sobre o presidente sul- coreano, Lee Myung-bak - embora analistas não antevejam um conflito armado.
Logo após o incidente, o braço de inteligência dos militares notificou ao governo um "certo" envolvimento norte-coreano, segundo relato de uma fonte militar à Yonhap.
Lee tem sido criticado por um suposto excesso de cautela no trato com a Coreia do Norte. O governo exigiu uma minuciosa investigação do naufrágio, que teria matado até 46 marinheiros.
A reação comedida da Coreia do Sul tranquilizou os mercados, e o ministério da Defesa disse que não comentaria o assunto.
"Os submarinos da Coreia do Norte estão todos armados com torpedos pesados, com ogivas de 200 quilos, disse a fonte militar à Yonhap. "A avaliação da inteligência militar é de que o Norte atacou com um torpedo pesado."
A embarcação militar Cheonan naufragou perto de um trecho de fronteira marítima disputada entre as duas Coreias. O governo pretende içar em breve a metade frontal da embarcação de 1.200 toneladas, e só depois disso irá se manifestar oficialmente sobre a causa da explosão que a afundou.
Mesmo se a culpa for atribuída a Pyongyang, há pouco que Seul possa fazer, segundo analistas, porque uma reação militar poderia prejudicar a rápida recuperação econômica sul-coreana, além de fortalecer internamente o regime comunista norte-coreano.
Sob o governo de Lee, a Coreia do Sul abandonou a ajuda incondicional ao Norte, de modo a pressionar o miserável vizinho a abrir mão de suas armas, especialmente as atômicas.
"A questão nuclear ainda não foi resolvida. Isso e o incidente do Cheonan servem para infligir um impacto negativo sobre o governo Lee", disse o analista político Lee Nam- young, da Universidade Sejong, em Seul.
A reclusa Coreia do Norte negou envolvimento com o naufrágio na costa oeste da península, cenário de duas letais batalhas navais na última década. Pyongyang acusou Lee de usar o incidente para obter benefícios políticos antes das eleições locais sul-coreanas de junho.
OEA - União Européia, um passo sem precedentes em matéria de drogas a nível municipal.
O evento, que começou no dia 21 e irá até o dia 23 de Abril, sendo realizado na cidade espanhola de Lugo, é um passo sem precedentes no âmbito da cooperação internacional em matéria de droga a nível municipal para melhorar os serviços de tratamento de pessoas dependentes químicas e sua reintegração na sociedade.
Para ler o texto na íntegra, acesse:
http://www.oas.org/OASpage/press_releases/press_release.asp?sCodigo=C-122/10
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Pérolas e destaques de alguns comitês
Destaques: Alemanha , Brasil , Estados Unidos
- CIJ
Destaque: Rodrigo 1º ano
Pérola: "Bom, se a maconha deve ser proibida pois faz mal à saúde, o bacon também deve ser proibido!" (Larissa Melo)
O comitê não teve muita discussão, os alunos estavam com vergonha de se pronunciarem.
- FAO
Destaque: Venezuela
Pérola: "Ela sofreu um estrupamento" (Sudão) / Ao responder a chamada o delegado do brasil responde: "Decoro"!
- Conferência de Paz
Destaque: Autoridade Palestina
Pérola: "Ele se contradizeu" (Palestina)
O comitê foi muito interativo, apesar de alguns delegados terem se pronunciado poucas vezes.
Senhores Delegados,
O site Conjuntura Internacional, projeto de estudo que envolve professores e alunos de Relações Internacionais da PUC Minas no tratamento e análise constantes de assuntos internacionais, publica trabalhos produzidos no mês de abril de 2010 sobre importantes temas do cenário global:
A Visita de Lula ao Oriente Médio: consolidação de um projeto de liderança latino-americana
A política externa do governo Lula: entre a ideologia e o pragmatismo
Hillary Clinton visita o Brasil: divergências acerca da legitimidade do programa nuclear iraniano
Esses e outros textos, produzidos por alunos monitores do projeto com a orientação do professor Leonardo Ramos, podem ser acessados através do endereço: http://www.pucminas.br/conjuntura
Estudo destaca o aumento da imigração OEA extracontinental na América Latina
Para ler o texto na íntegra, acesse:
http://www.oas.org/OASpage/press_releases/press_release.asp?sCodigo=C-109/10
terça-feira, 20 de abril de 2010
Operação Haiti: ação humanitária ou interesse político para o Brasil?
Hillary Clinton visita o Brasil: divergências acerca da legitimidade do programa nuclear iraniano
A Grécia e o temor de uma crise do euro
O G20 como nova proposta a uma nova ordem econômica mundial
segunda-feira, 19 de abril de 2010
EUA ainda estão interessados em proposta da AIEA para o Irã
Os Estados Unidos "ainda estão interessados" na proposta de troca de urânio que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) fez ao Irã em setembro passado, anunciou o Departamento de Estado nesta segunda-feira.
"A medida ainda nos interessa e continuamos dispostos a propô-la se o Irã estiver interessado", declarou o porta-voz da diplomacia americana, Philip Crowley, insistindo que, durante os últimos sete meses, o governo iraniano em nenhum momento aceitou formalmente a proposta.
Em 2009, a AIEA propôs que o Irã entregasse 70% de seu urânio pouco enriquecido (a 3,5%) à Rússia, que ficaria encarregada de enriquecê-lo a 20% antes de sua transformação, na França, em combustível para o reator de pesquisa médica iraniano.
O Irã rejeitou os termos da proposta, exigindo que a troca fosse simultânea e feita em seu território, o que não foi, por sua vez, aceito pelas potências ocidentais.
Há alguns dias, o chanceler iraniano, Manouchehr Mottaki, voltou a afirmar que o Irã estava disposto a trocar simultaneamente 1.000 kg de urânio enriquecido a 3,5% por 100 kg de combustível a 20%, e no domingo disse que desejava abordar o no Conselho de Segurança da ONU.
Situação da América Central será debatida em reuniões
O encontro será realizado na capital guatemalteca com o objetivo de "promover um diálogo sério e profundo para vislumbrar soluções aos problemas que individual ou coletivamente enfrentam os Governos e países da América Central", disse um porta-voz da Fundação Esquipulas, organizadora do evento, a jornalistas.
O fórum será aberto pelo presidente guatemalteco, Álvaro Colom, e contará com discursos dos ex-governantes do país Vinicio Cerezo e Álvaro Arzú, do peruano Alejandro Toledo, do colombiano Ernesto Samper e do panamenho Martín Torrijos.
Também participarão especialistas em temas políticos, econômicos e sociais da região, que discutirão a situação atual dos países centro-americanos após a finalização dos conflitos das últimas décadas do século XX, especialmente na Guatemala (1960-1996), El Salvador (1980-1992) e Nicarágua (1982-1990).
Além disso, irão conversar sobre o desenvolvimento social, crescimento econômico, governabilidade democrática, segurança cidadã e defesa regional.
Como resultado do fórum, deve ser elaborado um relatório "que mostre as descobertas e situações colocadas a cada um dos temas" para que "sirvam de base para a formulação de políticas regionais".
A Fundação Esquipulas é uma organização dirigida pelo ex-presidente guatemalteco Vinício Cerezo (1985-1990), que tem como objetivo apresentar soluções a problemas comuns na região centro-americana.
EUA contestam informação de que o Irã construirá mais usinas nucleares
"Como normalmente ocorre, a retórica do Irã e seu programa nuclear nem sempre coincide com a realidade do que são capazes de fazer", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.
Pouco antes, um conselheiro especial do presidente iraniano anunciou a aprovação de vários locais para a instalação de novas usinas de enriquecimento de urânio.
"O presidente aprovou os locais escolhidos para novas instalações nucleares", declarou Mojtaba Samaré Hashemi, segundo a agência oficial Ilna, em uma alusão às novas usinas de enriquecimento de urânio que o Irã informou desejar construir.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o órgão da ONU de verificação das atividades nucleares, tem buscado informações do Irã sobre seu anúncio de que construirá 10 usinas, plano que analistas avaliam que possa ser um exagero, já que isso levaria muitos anos, ou mesmo décadas para ser executado.
O Irã não notificou a AIEA sobre o novo local de instalação de uma usina, disse um diplomata próximo à agência, cuja sede fica em Viena. Pelas regras da AIEA, os países membros são obrigados a fazer essa comunicação oficialmente. Se isso não for feito, os integrantes da agência terão de votar sobre se alguma ação deverá ser adotada contra o Irã.
Os EUA vêm pressionando por uma quarta rodada de sanções da ONU contra o Irã nas próximas semanas, como forma de pressão para que o país suspenda suas atividades relacionadas ao enriquecimento de urânio, que o Irã diz que tem apenas finalidades pacíficas.