sábado, 4 de abril de 2009

Situação no Congo melhorou, mas não é o suficiente

De acordo como Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apesar dos avanços conquistados na República Democrática do Congo — como a ação contra grupos armados e a integração de rebeldes ao contingente militar do país —, a situação no lugar continua “volátil e fluida”.

As províncias ao Norte do país, principalmente Kivu Norte, testemunharam meses de conflito entre as forças do Governo (FARDC) e várias milícias armadas, que desalojaram cerca 250 mil civis, além dos 800 mil que já haviam sido forçados a deixar suas casas. Mês passado, no entanto, o Governo e o Congresso Nacional em Defesa do Povo (CNDP), um dos principais combatentes, assinaram um acordo de paz.

Ban afirma que, apesar do progresso conquistador até agora, os processos de paz ainda enfrentam problemas significativos. “Essa iniciativas ainda devem ser finalizadas e, para isso, vão precisar de compromisso político, recursos financeiros e poder militar efetivo”, declarou. Ele pediu novamente aos membros do Conselho de Segurança e aos países que contribuem com efetivos militares que continuem ajudando a Missão de Paz das Nações Unidas no Congo (MONUC) — que já ajudou muitos civis, mas está sobrecarregada. “Ë preciso fortalecer a MONUC para consolidar os avanços que tivemos até agora”, declarou Ban.

O Secretário-Geral pede também ao Governo congolês e aos parceiros dele que façam da reforma das forças de segurança uma prioridade. “Sem uma mudança das forças armadas e da polícia, proibindo seu uso para segurança pessoal, aliada à reforma do sistema judiciário, a possibilidade de paz durável e estabilidade será menor — mesmo que os conflitos armados tenham terminado”, disse Ban. Ele pediu ainda a comunidade internacional que ajude o Congo a enfrentar a crise econômica, que representa uma grande ameaça à estabilidade na região.

Nenhum comentário:

Postar um comentário