sexta-feira, 24 de abril de 2009
Irã envia carta de protesto à ONU e pede que Ban seja "imparcial"
O embaixador iraniano na ONU, Mohammad Khazaee, enviou nesta quinta-feira uma carta de protesto à ONU (Organização das Nações Unidas), em que diz ao secretário-geral, Ban Ki-moon, que ele deve ser imparcial no exercício de seu cargo, depois que Ban criticou o discurso que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, fez contra Israel na conferência mundial sobre o racismo.
Khazaee diz na carta que as autoridades das Nações Unidas devem atuar sempre com "imparcialidade e igualdade".
"É preciso ter o máximo de cuidado para evitar que, aparentemente, as Nações Unidas e seus distintos líderes tratam de assuntos de forma seletiva, praticam dois pesos e duas medidas ou assumem posições tendenciosas", afirma Khazaee na nota.
O escritório da ONU em Genebra não comentou a carta, que ainda não foi recebida.
Ban criticou o presidente iraniano na última segunda-feira, após o discurso de Ahmadinejad na conferência sobre o racismo realizada em Genebra, na qual denunciou o que chamou de política "racista" de Israel. Ban disse que lamentava "a utilização desta plataforma pelo presidente iraniano para acusar, dividir e até mesmo incitar. Isso é o contrário do que esta conferência pretende alcançar".
"É profundamente lamentável que o meu apelo para olhar para o futuro da unidade não tenha sido atendido pelo presidente iraniano", disse Ban em uma declaração, acrescentando que se reunira com Ahmadinejad antes da conferência das Nações Unidas, salientando a importância de união na luta contra o racismo.
A carta de Khazaee tacha como "incompreensíveis" as reações ao discurso do líder iraniano, considerando "o silêncio que as Nações Unidas e suas autoridades fazem em relação aos horrendos crimes israelenses contra os palestinos inocentes" e às "ameaças" lançadas contra o Irã pelo "regime israelense".
Khazaee também criticou a decisão dos embaixadores europeus de deixar a sala da conferência quando o presidente da República Islâmica começou seus ataques a Israel, acusado de utilizar o Holocausto como pretexto para agredir o povo palestino.
Ahmadinejad foi alvo de "duras e desmerecidas críticas por simplesmente tentar expor a posição do país que representa", disse o embaixador.
Além disso, em seu discurso, o presidente iraniano expressou o que, na opinião do Irã, "é a posição da maioria dos membros das Nações Unidas a respeito da difícil situação do povo palestino [...]", acrescentou.
Substituto do Protocolo de Kyoto deve ser aprovado em dezembro
Líderes globais ressaltam a necessidade de novo acordo climático global.
As negociações do pacto que vai substituir o Protocolo de Kyoto — acordo de redução da emissão dos gases estufa que acaba em 2012 — devem chegar ao fim em dezembro, na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, que acontecerá na cidade de Copenhague, na Dinamarca.
Na Cúpula Global de Negócios para o Meio Ambiente (B4E), sediada em Paris (França), os mais de 400 delegados presentes à reunião ressaltaram a necessidade de um novo acordo climático. Eles também lembraram que é preciso aumentar a transparência e criar um novo paradigma de risco que leve em conta as questões de financiamento
Crise alimentar não foi superada em alguns países em desenvolvimento
Apesar do aumento do suprimento de cereais no mundo e da diminuição do custo de gêneros alimentares no mercado internacional, o preço dos alimentos em países em desenvolvimento continua alto, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
De acordo com uma análise da FAO sobre a cotação de alimentos em 58 países em desenvolvimento, em 80% deles os preços estão maiores do que no mesmo período do ano passado, e 40% mais caros do que há três meses.
A FAO também prevê para este ano uma redução de 3% no cultivo de cereais em relação a 2008, mas, ainda assim, será a segunda maior produção mundial. O artigo mais afetado será o trigo, devido à diminuição do preço desse cereal no mercado internacional que levou à redução do número de plantações nos países em desenvolvimento.
Embargo de Israel compromete recuperação de Gaza
O processo de recuperação econômica e de reconstrução em Gaza está estagnado devido à proibição de se importarem materiais e ferramentas e ao bloqueio à entrada de dinheiro impostos por Israel – é o que mostram relatórios de diferentes agências e órgãos das Nações Unidas.
Segundo o Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária (OCHA), essas restrições já prejudicaram quase todos os 200 projetos aos quais seriam destinados o Fundo Emergencial de 615 milhões de dólares disponibilizado pela ONU.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Palestinos (UNRWA) alertou para o aumento do número de casos de diarréia entre crianças de até três anos, o que poderia ser explicado pela contaminação das águas. A UNRWA havia afirmado, em março, que 14% das amostras de água recolhidas para testes estavam contaminadas por resíduos bélicos.
Segundo o Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD), o desemprego em Gaza aumentou de 36% a 43% depois dos conflitos com Israel e a porcentagem de pessoas carentes entre os desempregados também cresceu, de 56% para 66%.
O Coordenador Especial das Nações Unidas para o Processo de Paz no Oriente Médio, Robert Serry, pediu a Israel o fim do embargo e de outras ações contra palestinos, afirmando que essa atitude apenas aumenta a tensão na região e impede o restabelecimento de confiança.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Começa conferência contra o racismo, mas EUA não comparecem
A Alta Comissária de Direitos Humanos das Nações Unidas, Navi Pillay, criticou a decisão dos Estados Unidos em não comparecer ao Conferencia de revisão de Durban, que começa nesta segunda, 20 de abril.
“Estou chocada e extremamente desapontada com a decisão dos EUA em não participar da reunião, que vai discutir o combate ao racismo, xenofobia, discriminação racial e outras formas de intolerância existentes. Esses são problemas muito presentes no mundo atual e é essencial que sejam discutidos em nível global, caso contrário se tornarão ainda mais difíceis de serem resolvidos”, disse
No documento preparatório da Conferencia de Revisão de Durban, existem citações claras, que dizem, por exemplo, que o “holocausto não deve ser esquecido” e que todas as formas de racismo devem ser abolidas, inclusive o preconceito contra o islamismo e o anti-semitismo.
Os EUA declararam, que apesar de não comparecerem à reunião, reconhecem e aplaudem o significante progresso das últimas semanas, que culminaram no encontro. Os EUA e Israel abandonaram a Reunião Mundial contra o Racismo em 2001 ao não concordarem com a Declaração do Programa de Ação de Durban, produzido durante o encontro.
“Acredito que a dificuldade do passado poderia ter sido resolvida de forma conjunta e os problemas poderiam ter ficado para trás”, disse Navi Pillay, acrescentando que “todos os países que participaram da adoção da Declaração de Durban em 2001 e do Programa de Ação devem dobrar o seu compromisso com a implementação de ações contra o racismo a partir da Conferencia de Revisão."
segunda-feira, 13 de abril de 2009
OLHO NO LANÇE!
sábado, 11 de abril de 2009
Novos confrontos no Congo
Mesmo com a contenção de alguns grupos armados na República Democrática do Congo por meio de acordos de paz ou de ações militares, novos conflitos entre milícias estouraram na região segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).
Em 31 de março, por exemplo, a Frente Popular pela Justiça no Congo (FPJC) atacou vilarejos no distrito de Ituri, a aproximadamente 60 quilômetros da capital, Bunia. O contra-ataque ocorreu no dia 2 de abril, pela Frente Revolucionária pela Paz (FPRI) – grupo dissidente da FPJC, que recusou participar do processo de paz em setembro de 2008.
O recente combate entre as Forças Governamentais (FARDC) e milícias como essas já deixou mais de 250 mil civis desabrigados. O Porta-Voz do ACNUR, William Spindler, afirmou que “os últimos acontecimentos reverteram o progresso que tinha sido feito no sentido do repatriamento e da realocação dos congoleses afetados pelos conflitos na região”.
O progresso alcançado na região pode ser percebido pelo fato de um dos grupos armados mais atuantes, o Conselho Nacional pela Defesa do Povo (CNDP), ter assinado um acordo de paz com o governo no mês passado. Outra iniciativa foi iniciar uma operação militar conjunta entre Congo e Ruanda para extinguir a milícia armada de etnia hutu Força Democrática pela Libertação de Ruanda (FDLR). Os dois países também atuam juntos na província de Haut Uélé para tentar neutralizar a atuação do grupo ugandês Exército de Resistência do Senhor (LRA) no Congo.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Plano de Obama é insuficiente, dizem embaixadores de Paquistão e Afeganistão
WASHINGTON, EUA, 9 Abr 2009 (AFP) - Os embaixadores do Paquistão e do Afeganistão em Washington advertiram, nesta quinta-feira, que o plano antiterrorista divulgado pelo presidente americano, Barack Obama, será insuficiente para dobrar a rede Al-Qaeda e os talibãs.
Ambos os diplomatas pediram aos Estados Unidos e a seus aliados que entreguem mais dinheiro e ferramentas militares para derrotar o terrorismo no campo de batalha e amenizar a pobreza e a ignorância que mantêm as ideologias extremistas.
No mês passado, Obama centrou sua luta contra a Al-Qaeda no Paquistão, como parte de uma nova estratégia que inclui o envio de mais 40.000 soldados, além dos 17.000 já comprometidos, e milhões de dólares para a guerra no Afeganistão.
Brasil contribuirá com US$ 4,5 bilhões para financiamento do FMI
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou hoje que o Brasil contribuirá com US$ 4,5 bilhões para financiar o Fundo Monetário Internacional (FMI), valor que pode chegar a US$ 14,5 bilhões.
Mantega explicou que a decisão foi tomada com base nos acordos estabelecidos durante a Cúpula do Grupo dos Vinte (G20, países ricos e principais emergentes) realizada no início do mês em Londres.
"Estamos entrando no clube de credores do FMI", declarou o ministro, acrescentando que isso "demonstra a solidez da economia brasileira".
Segundo Mantega, o dinheiro será utilizado para financiar países em desenvolvimento que neste momento enfrentam sérios problemas de crédito devido à crise internacional.
Em compensação, o Brasil receberá títulos do FMI que podem ser negociados nos mercados internacionais ou contabilizados nas reservas do país, atualmente situadas em US$ 201 bilhões.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Coreia do Norte promete "medidas fortes" contra ação da ONU
"Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul dizem que o lançamento do foguete violou a resolução 1.718, imposta em 2006, depois que Pyongyang realizou um teste nuclear. Essa resolução proíbe Pyongyang de realizar novos testes nucleares ou de disparar mísseis balísticos.
A Coreia do Norte alega que não se tratava de um míssil balístico, e sim de um foguete com a missão de colocar um satélite em órbita, como parte de um programa espacial pacífico.
Os EUA e seus aliados dizem que se tratou de um teste disfarçado do míssil Taepodong-2, supostamente capaz de atingir o Alasca, e por isso propuseram que o Conselho de Segurança aprove uma resolução condenando o ato e possivelmente ampliando as sanções já em vigor.
China e Rússia, no entanto, questionam se houve violação e ameaçam usar seu poder de veto contra a eventual resolução.
Numa rara aparição a jornalistas na sede da ONU, Pak disse que as críticas ao lançamento são antidemocráticas. "Não é justo, não é justo", disse o diplomata. "Enquanto eles próprios lançam mais de cem vezes os satélites, não somos autorizados a fazer isso. Isso não é democrático.
"De acordo com ele, o lançamento "não é uma violação da resolução". "Dissemos que não é um míssil. Trata-se de um propósito pacífico, para o lançamento do satélite. Deixamos isso claro antes de lançá-lo.
"Os militares dos EUA dizem que nenhuma parte do foguete entrou em órbita, apesar de Pyongyang afirmar que o seu satélite está no espaço, transmitindo dados e canções revolucionárias.
Alguns diplomatas disseram que a Coreia do Norte colocou um falso satélite no foguete, algo que Pak contestou. "Dizemos que é um satélite. Temos certeza, deixamos isso claro".
segunda-feira, 6 de abril de 2009
UN-HABITAT recebe investimento extra para garantir financiamento de projetos
O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UN-HABITAT) acaba de ter aprovado seu maior orçamento desde a criação do Programa, em 1976. O aumento de 32% para projetos de cidades, surpreendeu, por acontecer durante a crise econômica que está afetando o planeta.
“Pedimos um total de 356 milhões de dólares incluindo uma proposta geral de orçamento de 66 milhões de dólares, o que representa um aumento de 32%”, disse a Diretora Executiva do UN-HABITAT, Anna Tibaijuka. Isso “mostra a confiança do Conselho Governamental no nosso trabalho”, disse a Diretora Executiva que também apontou sinais de entendimento com seis instituições financeiras para criar um projeto piloto de financiamento de moradia e falou sobre o notável avanço no apoio de governos aos trabalhos desenvolvidos pelo UN-HABITAT no desenvolvimento de assentamentos humanos, como existe nos territórios ocupados da Palestina.
“Temos agora novas metas bem estabelecidas e nossos objetivos e conclusões sobre urbanização e mudanças em áreas de favela estão começando a influenciar o trabalho de outras agências da ONU e organizações parceiras” disse.
domingo, 5 de abril de 2009
Foguete norte-coreano prejudica paz, dizem UE e EUA
A União Européia (UE) e os Estados Unidos condenaram neste domingo o lançamento de um foguete de longo alcance norte-coreano, que "desafia a paz e a estabilidade no nordeste da Ásia".
Em comunicado conjunto, ao término da cúpula realizada hoje, em Praga, as duas partes destacaram que "o desenvolvimento de capacidades de mísseis balísticos pela Coréia do Norte, independente do propósito declarado do lançamento, tem como objetivo fornecer à Coréia do Norte capacidade de ameaçar outros países".
"Pedimos que a Coréia do Norte cumpra seus compromissos de abandonar qualquer programa de armamento nuclear, respeitar as normas reconhecidas de relações internacionais e colaborar para promover a paz e a estabilidade", disseram.
O lançamento realizado hoje, de acordo com os líderes, "exige uma resposta da comunidade internacional", incluindo do Conselho de Segurança da ONU, "para mostrar que suas resoluções não podem ser desafiadas com impunidade".
EUA e UE explicam que estão dispostos a receber a Coréia do Norte na comunidade internacional se o país renunciar às armas de destruição em massa e a suas ameaças aos vizinhos.
Pyongyang, no entanto, "não pode conseguir a aceitação internacional ou o desenvolvimento econômico vinculado ao sistema internacional até que pare seu comportamento ameaçador", sustentam.
A Coréia do Norte lançou hoje um foguete de longo alcance às 11h30 (23h30 de Brasília), que sobrevoou o Japão sem causar danos e cuja primeira fase caiu no mar, informou o governo japonês.
O Executivo sul-coreano disse que a Coréia do Norte parece ter lançado um satélite de comunicações, como tinha informado previamente, e não um míssil, como se temia, mas disse que este teste é uma "provocação".
sábado, 4 de abril de 2009
Situação no Congo melhorou, mas não é o suficiente
As províncias ao Norte do país, principalmente Kivu Norte, testemunharam meses de conflito entre as forças do Governo (FARDC) e várias milícias armadas, que desalojaram cerca 250 mil civis, além dos 800 mil que já haviam sido forçados a deixar suas casas. Mês passado, no entanto, o Governo e o Congresso Nacional em Defesa do Povo (CNDP), um dos principais combatentes, assinaram um acordo de paz.
Ban afirma que, apesar do progresso conquistador até agora, os processos de paz ainda enfrentam problemas significativos. “Essa iniciativas ainda devem ser finalizadas e, para isso, vão precisar de compromisso político, recursos financeiros e poder militar efetivo”, declarou. Ele pediu novamente aos membros do Conselho de Segurança e aos países que contribuem com efetivos militares que continuem ajudando a Missão de Paz das Nações Unidas no Congo (MONUC) — que já ajudou muitos civis, mas está sobrecarregada. “Ë preciso fortalecer a MONUC para consolidar os avanços que tivemos até agora”, declarou Ban.
O Secretário-Geral pede também ao Governo congolês e aos parceiros dele que façam da reforma das forças de segurança uma prioridade. “Sem uma mudança das forças armadas e da polícia, proibindo seu uso para segurança pessoal, aliada à reforma do sistema judiciário, a possibilidade de paz durável e estabilidade será menor — mesmo que os conflitos armados tenham terminado”, disse Ban. Ele pediu ainda a comunidade internacional que ajude o Congo a enfrentar a crise econômica, que representa uma grande ameaça à estabilidade na região.
Obama destaca envio de mais soldados ao Afeganistão
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste sábado que "começamos a harmonizar os recursos com as necessidades" no Afeganistão, depois que os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ofereceram cerca de 5 mil soldados extras.
Obama concedeu hoje uma entrevista ao final da cúpula da Otan realizada em Estrasburgo (França) e Kehl (Alemanha), para celebrar o 60º aniversário da Aliança.
Otan pede que Afeganistão respeite os direitos da mulher
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, pediram neste sábado ao governo afegão que faça respeitar os direitos da mulher, ao término da cúpula da Otan neste sábado em Estrasburgo.
"É uma pedido unânime" dos países da Otan que os direitos da Mulher e do Homem sejam defendidos e respeitados pelo governo afegão, declarou o presidente Sarkozy em uma conferência de encerramento da cúpula.
"Estamos aqui para defender valores. Não decidimos discutir estes valores. Ninguém, nenhum de nós (está aqui para isso). Acredito que a mensagem foi recebida diretamente", acrescentou.
Um projeto de lei afegã, chamado "nova lei sobre a família afegã", vem gerando críticas entre os ocidentais. Ele proíbe as mulheres de negar relações sexuais a seus maridos ou de deixar o domicílio familiar e tomar decisões sem o prévio acordo deles.
"Esperamos que este projeto de lei seja retirado, porque é inaceitável", declarou Merkel.
"Todos no Afeganistão devem ter o direito de viver em toda liberdade", acrescentou.
"Pedimos que os direitos da mulher sejam respeitados", acrescentou o secretário-geral da Otan, Jaap de Hoop Scheffer.
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Situação nas fronteiras de Gaza ainda preocupa
O último relatório do Coordenador Humanitário mostra que, na semana que terminou em 28 de março, 721 carregamentos de bens de consumo tiveram acesso à Faixa, número ligeiramente menor que os 728 da semana anterior. Só essa semana foi permitida a entrada de produtos como chá, fermento e sal, que estavam impedidos de chegar à região desde outubro do ano passado. De acordo com Gaylard, os alimentos representam 80% dos produtos importados.
Ao mesmo tempo, materiais de construção, elétrico ou para uso industrial, bem como combustível e rebanhos de gado, não puderam entrar na Faixa. 35 mil pessoas continuam sem acesso à água. Os pescadores devem ter seu lucro prejudicado graças a uma nova restrição, que proíbe a pesca a uma distância maior que três milhas da costa de Gaza.
Sobre a situação da saúde na região, Gaylard e a Organização Mundial de Saúde (OMS) expressaram preocupação com o impedimento de pacientes palestinos buscarem tratamento hospitalar especializado fora da região, depois que o Hamas assumiu o controle do departamento de saúde da Faixa.
A OMS lembra que só 35% dos 615 milhões de dólares pedidos em fevereiro foram recebidos até o momento. O dinheiro deve ajudar 200 projetos das Nações Unidas e de ONGs criados para assistir os quase um milhão e meio de palestinos afetados pela ofensiva militar israelense no final do ano passado.