terça-feira, 31 de março de 2009

EUA dizem ter se reunido com Irã, que nega encontro

31/03/09

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse nesta terça-feira que um diplomata dos Estados Unidos se encontrou com um representante iraniano numa conferência internacional em Haia - um sinal de tentativa de melhoras nas relações após décadas de hostilidades entre Washington e Teerã.

Os EUA entregaram, diretamente, uma carta a Teerã para ajudar na resolução de três casos separados envolvendo norte-americanos, disse Hillary.

O Irã, no entanto, negou a existência de tal encontro.

Hillary disse que o enviado dos EUA ao Afeganistão, Richard Holbrooke, teve uma reunião cordial e não planejada com o vice-ministro do Exterior iraniano, Mohammed Mehdi Akhoundzadeh.

"O encontro não focou qualquer coisa substancial. Foi cordial, não tinha sido planejado, e eles concordaram em manter contato", afirmou Hillary.

A agência oficial de notícias iraniana Irna disse que Akhnoundzadeh negou a existência deste encontro.

"Teríamos informado nossa nação se tivéssemos tido conversas com os norte-americanos sobre o Afeganistão em Haia, como fizemos em conversas sobre o Iraque com os EUA", ele disse.

"Estejam certos de que se o Irã quiser ter conversas com os EUA, todos serão informados sobre isso e não há nada para se esconder."

Questionado sobre a reportagem da Irna, uma alta autoridade norte-americana reafirmou que os dois homens tiveram um rápido encontro cordial.

Carta
Hillary disse que durante a conferência uma carta do governo dos EUA foi entregue ao Irã, pedindo ajuda humanitária para três norte-americanos no Irã que, segundo ela, não estão conseguindo retornar aos EUA.

A secretária identificou os três como sendo Robert Levinson, um ex-agente do FBI que desapareceu há dois anos durante uma viagem de negócios ao Irã, e a jornalista freelancer iraniano-americana Roxana Saberi. A terceira pessoa, Esha Momeni, é um estudante iraniano-americano detido no Irã no ano passado.

O Departamento de Estado divulgou um trecho da carta: "Pedimos ao Irã que utilize todos seus meios para localizar e assegurar o retorno rápido e seguro de Robert Levinson, para conceder a libertação de Roxana Saberi e para autorizar as viagens de Roxana Saberi e Esha Momeni."

"Esses atos certamente constituiriam um gesto humanitário da República Islâmica do Irã, que seria condizente com o espírito de renovação e generosidade que marca o ano novo persa", disse Hillary.

O senador norte-americano Bill Nelson escreveu a Hillary na semana passada, pedindo que tratasse do caso de Levinson com os iranianos enquanto estivesse em Haia.

ONU analisa questão nuclear

Representantes de mais de noventa países se reúnem no Simpósio Internacional sobre Segurança Nuclear, promovido pela Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), para avaliar os últimos sete anos de esforços pelo controle de materiais radioativos e descobrir meios de fortalecer a segurança nuclear, evitando, por exemplo, o terrorismo nuclear.

Em setembro de 2005, o Conselho de Governantes da IAEA aprovou o novo Plano de Segurança Nuclear, com objetivo de ajudar os países a se fortalecer na luta contra o problema e a combater o terrorismo nuclear. Além da coordenação e análise de informações, o Plano está focado em três áreas principais: prevenção, detecção e resposta ao uso equivocado da energia nuclear.

O novo plano substitui o que havia sido lançado em 2002. “O cenário atual é diferente do de sete anos atrás”, disse a líder do Escritório da IAEA para Segurança Nuclear, Anita Nilsson. “Investimentos consideráveis foram feitos no sentido de aumentar a segurança nuclear, o que nos permitiu acumular conhecimento sobre as ameaças a essa segurança e sobre o que pode ser feito para combatê-las”, explicou. De acordo com a Agência, o Reino Unido vai aumentar para quatro milhões de libras esterlinas sua contribuição com o Fundo de Segurança Nuclear. O Fundo é um mecanismo voluntário de investimento que os Estados Membros podem usar para apoiar as atividades da IAEA.

segunda-feira, 30 de março de 2009

A FAO estima que no final de 2008 havia cerca de 963 milhões de subnutridos no mundo. Nunca antes foram tantas pessoas alimentando-se inadequadamente.
O conflito armado continua a ser a razão da insegurança alimentar na maioria dos países, particularmente na África. Mas cada vez mais o que está por trás da fome causadas pela ação humana são os fatores socioeconômicos – que podem ser internos como políticas sociais e econômicas deficientes, ou externos como a alta dos preços de alimentos importados.
De uma participação praticamente insignificante na década de 80 no total de situações de emergências alimentares de responsabilidade humana, os fatores socioeconômicos passaram a explicar pelo menos uma em cada quatro emergências a partir do ano 2000.
A região da América Latina e Caribe vive em paz há décadas, com a exceção do conflito interno na Colômbia. E, segundo os dados mais recentes da FAO, têm um excedente de alimentos (já descontada as exportações) que supera os 30%.
Teríamos, portanto, a condição necessária – paz – e suficiente – produção de alimentos – para garantir a segurança alimentar de toda nossa população. No entanto, 51 milhões de pessoas na região estavam subnutridas no final de 2007. Em 1990, eram 52 milhões.
O que chama mais a atenção é que depois de conseguirmos reduzir o número de pessoas com fome para 45 milhões em 2005, a alta dos preços dos alimentos em 2006 e 2007 nos fez perder praticamente todo esse avanço. E, provavelmente, a situação terá piorado ainda mais em 2008 com a crise econômica.
Que não tenhamos conseguido acabar com a fome na região é uma prova clara de que apenas a paz e a produção de alimentos não garantem a segurança alimentar. É preciso acrescentar uma variável para completar a equação: vontade política e ação decidida dos governos, provendo recursos efetivos para acabar com a fome.
Na edição de 2008 do informe O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo , a FAO revela que de 77 países analisados, 16% não haviam tomado nenhuma medida normativa para enfrentar a alta dos preços dos alimentos. Segundo o documento, na América Latina e Caribe, quase um terço dos países não tomaram ações normativas com esse fim e muitos se limitaram a medidas defensivas e emergenciais, como a redução de impostos de importação.
Desde a década de 70, muitos países em desenvolvimento desmantelarem sua infra-estrutura agrícola e reduziram a produção local de alimentos convencidos de que era mais fácil e barato comprar no mercado internacional alimentos subsidiados de países desenvolvidos.
O desenvolvimento da agricultura familiar perdeu importância nas agendas nacionais. O potencial produtivo desse setor foi sendo descartado e eles passaram cada vez mais a serem sujeitos de programas sociais e não de desenvolvimento.
Os recursos destinados à agricultura pela cooperação internacional também minguaram, caindo de 17% para 3% do total entre 1980 e 2006. Em termos reais, a queda foi de quase 60%, de US$8 bilhões para US$3,4 bilhões por ano (para acabar com a fome precisamos investir 10 vezes mais por ano).
Em épocas de crises agudas, a ajuda internacional passou a enfocar-se no imediato: doação de comida. Mas as emergências foram se estendendo ao longo dos anos e o que deveria ser uma resposta imediata para situações críticas, se tornou em muitos casos, uma solução permanente.
Combater a desigualdade impulsionando políticas econômicas e sociais que promovam a inclusão e o desenvolvimento dos mais pobres. Melhores empregos e salários são essenciais para aumentar o acesso aos alimentos.
Apoiar a agricultura familiar para que ela possa tornar-se sustentável e rentável. Ela é parte da solução e não do problema, principalmente numa região na qual metade da população rural é pobre.
Destinar mais recursos para garantir o direito à alimentação para todos, o que implica em criar as condições para que todas as pessoas tenham os meios para satisfazer as próprias necessidades alimentares.
E, finalmente, fortalecer o marco jurídico da segurança alimentar. Atualmente, apenas Argentina, Brasil, Equador, Guatemala e Venezuela têm leis que asseguram esse direito. Outros 10 países da região debatem hoje o tema.

domingo, 29 de março de 2009

Países em desenvolvimento precisam de um trilhão para superar a crise

O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse aos membros do G20, o grupo de vinte países mais ricos do mundo, que as nações em desenvolvimento precisam de pelo menos um trilhão de dólares para combater a crise financeira mundial.
”A menos que uma ação imediata seja tomada para proteger os mais vulneráveis da recessão, a crise pode resultar em uma instabilidade global”, disse Ban em carta enviada aos membros do G20, que devem se reunir no dia 2 de abril. Ele pediu uma estratégia de quatro frentes de ação para evitar novas catástrofes, a começar por um “verdadeiro pacote global de estímulo à economia”, que englobe as necessidades dos países em desenvolvimento.
“Oferecendo esse apoio, vocês vão estimular a economia global, ajudando a sustentar o crescimento de vocês mesmos, além de melhorar a estabilidade global”, explicou Ban. Ele enfatizou ainda a necessidade de combater o protecionismo e de restabelecer os princípios da Rodada de Doha. “Levantar novas barreiras por fazer a recuperação econômica ficar mais lenta”, alertou.O Secretário-Geral também pediu ao G20 que estimule a economia verde, inclusive nos países pobres, e que o grupo se comprometa a concluir as negociações do acordo que deve suceder o Protocolo de Kyoto, o programa de redução das emissões de carbono, que expira em 2012.Por último, Ban destacou que a solução da crise global passa obrigatoriamente pela criação de uma “arquitetura econômica” que reflita as mudanças que o mundo vem sofrendo e que dê voz aos países

sábado, 28 de março de 2009

EUA esperam ajuda do Irã em luta contra tráfico no Afeganistão

28/03/09

Os Estados Unidos esperam conseguir na próxima semana, durante a conferência internacional sobre o Afeganistão, o compromisso do Irã na luta contra o narcotráfico no país centro-asiático, informou hoje a Casa Branca.

O conselheiro adjunto de Segurança Nacional da Casa Branca, Denis McDonough, afirmou hoje que a "conclusão" dos EUA e, provavelmente, a do Irã "é que há assuntos relacionados, por exemplo, aos narcóticos, que representam uma oportunidade" para que Teerã "lide com o Afeganistão de modo que possa minimizar um assunto ou uma preocupação" que as autoridades americanas também têm.

O Irã aceitou o convite para participar da conferência internacional sobre o Afeganistão que acontecerá dia 31, em Haia (Holanda).

O enviado dos EUA para o Afeganistão e o Paquistão, Richard Holbrooke, classificou essa participação como "um passo adiante".

Na última reunião internacional sobre o Afeganistão, na qual o presidente dos EUA ainda era George W. Bush, o Irã declinou o convite.

Segundo McDonough, "todos sabemos que a receita procedente do tráfico de ópio e de heroína financia os extremistas, no sul em particular".

"Queremos pensar que, dado o problema não pouco substancial do uso de heroína no Irã, há possibilidades de se cooperar com o Irã sobre este assunto", acrescentou o alto funcionário, segundo quem, ao longo das próximas semanas, "haverá várias oportunidades para que o Irã se envolva neste assunto".

EUA acusam inteligência do Paquistão de ligação com Al-Qaeda

28/03/09

Autoridades militares dos Estados Unidos afirmam haver evidências de que elementos dentro dos serviços de inteligência militar do Paquistão continuem a dar apoio a militantes do Talibã e da Al-Qaeda.

As afirmações de altos comandantes militares americanos foram feitas após o presidente Barack Obama ter anunciado sua nova estratégia para o Afeganistão, na sexta-feira.

Segundo esses comandantes, a inteligência militar paquistanesa precisa interromper seu apoio aos insurgentes.

Em uma entrevista à TV americana, o chefe do Estado Maior das Forças Armadas americanas, almirante Mike Mullen, disse que a ISI, a agência de inteligência militar paquistanesa, mantém laços com militantes de ambos os lados da fronteira com o Afeganistão e da fronteira com a Índia.

Em outra entrevista, o chefe do Comando Central dos Estados Unidos, general David Petraeus, disse que alguns grupos militantes foram estabelecidos pela ISI e que as suas ligações com a agência continuam.

Outras autoridades americanas, que falaram ao jornal The New York Times em condição de anonimato, deram mais detalhes sobre a acusação.

Segundo eles, o fortalecimento do Talibã no sul do Afeganistão estaria sendo possibilitado pelo envio de suprimentos militares do Paquistão.

O jornal disse que a vigilância eletrônica e informantes haviam mostrado que o nível de cooperação entre a agência e esses grupos era mais forte do que se pensava anteriormente.

Líderes paquistaneses negam publicamente qualquer envolvimento com os grupos militantes.

As autoridades americanas admitem que os contatos podem não incluir os mais altos níveis das Forças Armadas e do governo paquistanês.

Mas os Estados Unidos parecem estar perdendo a paciência com o Paquistão.

O general Petraeus disse que havia casos recentes nos quais agentes da ISI pareciam ter avisado militantes cujos esconderijos haviam sido descobertos.

Ele disse que a confiança no Paquistão será claramente abalada se as operações militares continuarem a ser prejudicadas por vazamentos de informações de inteligência.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Hillary reconhece que muro não resolve problema migratório

26/03/09

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou que o muro que seu país está construindo na fronteira com o México para bloquear os fluxos ilegais de pessoas, drogas e armas "não resolve o problema", segundo uma entrevista publicada nesta quinta pelo jornal Milenio.

No entanto, a chefe da diplomacia americana, que termina hoje uma visita oficial de dois dias ao México, disse ao jornal mexicano que, "em algumas partes de nossa fronteira, que são muito isoladas, pode ser que (o muro) proporcione um pouco de ajuda".

Os Estados Unidos já construíram 965 km de um muro fronteiriço, o que produziu fortes críticas de vários países latino-americanos quando foi anunciada a edificação, mas faltam completar ainda cerca de 112 km de infraestrutura.

A maior parte dessa estrutura limítrofe foi erguida durante a Administração do ex-presidente George W. Bush, presidente de janeiro de 2001 ao mesmo mês de 2009.

"Vamos nos fixar bem no muro: onde foi construído, como foi construído, e vamos tentar idealizar melhores soluções que as que foram ensaiadas antes", disse Hillary, que visitou hoje, na capital mexicana, o centro de comando da Polícia Federal, a Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, e viajou depois à cidade de Monterrey.

A funcionária americana afirmou que "a reforma integral da imigração é uma alta prioridade do Governo do presidente (Barack) Obama", ao ponto que "compete pela atenção com a economia, que está tão grave".

Hillary disse que todos na Administração de Obama "estão lutando para recuperar a economia, mas não vamos nos dar por vencidos com a reforma migratória".

quarta-feira, 25 de março de 2009

Israel admite ter matado 189 crianças e jovens durante ofensiva em Gaza


25/03/09

A Força de Defesa israelense (IDF, na sigla em inglês) admitiu nesta quarta-feira ter matado 309 civis inocentes, entre eles 189 crianças e jovens com menos de 15 anos, durante a recente ofensiva militar contra o movimento islâmico radical Hamas, na faixa de Gaza. Segundo o Centro Palestino de Direitos Humanos, 1.434 palestinos foram mortos, incluindo 960 civis, 239 policiais e 235 militantes.

O relatório do Exército israelense aponta ainda que 600 militantes palestinos do Hamas morreram durante a operação militar de 22 dias, entre dezembro e janeiro --incluindo os policiais que foram mortos em um bombardeio no primeiro dia da ofensiva, durante a parada de graduação da academia, em Gaza.

A lista inclui ainda 320 mortos descritos como "não filiados" --o que significa que a IDF não sabe dizer se eles são ou não militantes-- e outros 14 membros do partido laico Fatah, rival do Hamas, que foram executados pelo grupo palestino durante a ofensiva.

A lista, preparada pela diretoria da IDF responsável pela faixa de Gaza, foi divulgada em reportagem do "Haaretz", dias depois do jornal israelense publicar uma série de reportagens com relatos de soldados que denunciam assassinato de civis inocentes, vandalismo, além de um bilhete que ordena ataques a equipes médicas e a campanha dos rabinos do Exército para transformar a operação em uma "guerra santa".

No total, as forças israelenses contabilizam 1.370 mortes, contra as 1.434 do Centro Palestino de Direitos Humanos. Segundo o "Haaretz", a IDF identificou 1.249 vítimas da lista apresentada pela entidade palestina.

O grupo de vítimas listada pela Força de Defesa de Israel inclui ainda 91 mulheres e 21 idosos que não estavam envolvidos no combate, além de seis trabalhadores da agência da ONU (Organização das Nações Unidas) para refugiados palestinos e dois médicos de equipes de resgate.

Conquista

O militar Yoav Galant, do Comando do Sul das IDF, afirmou à Radio Army que o saldo "baixo" de mortes de civis foi sem precedentes ao se considerar o tipo de confronto, no qual o Exército de Israel entrou em cidades e áreas populosas da faixa de Gaza --um território de cerca de 360km¦ no qual vive 1,5 milhão de palestinos.

"Este saldo de [civis] não envolvidos [no confronto] é uma conquista para a qual não há exemplos na história das campanhas militares, não apenas em Israel, mas em todo o mundo", disse Galant, em citação reproduzida pelo "Haaretz".

O militar afirmou ainda que a ofensiva contra o Hamas --considerada um fracasso pela população israelense já que não interrompeu os ataques de foguetes contra Israel, objetivo declarado da operação-- melhorou significativamente o desempenho de Israel.

"A guerra teve um efeito de longo alcance não apenas na arena da faixa de Gaza, mas também em nossos vizinhos que compreendem que a IDF é capaz de fazer o que fez aqui em outros lugares também", disse Galant.

Massacre

O relatório da IDF não aborda, contudo, os recentes relatos de soldados israelenses que participaram da ofensiva. Na semana passada, o jornal publicou relato de um comandante da Força de Defesa que denunciou que rabinos do Exército disseram às tropas que lutavam na ofensiva militar que o confronto era uma "guerra religiosa" contra os pagãos.

"A mensagem deles era bem clara: nós somos judeus, nós viemos para esta terra por um milagre, Deus nos trouxe de volta a esta terra, e agora nós precisamos lutar para expulsar os pagãos que estão interferindo na conquista da terra santa", disse o comandante, citado pelo jornal.

O relato de Ram, um pseudônimo para proteger a identidade do militar, vazou de um encontro no dia 13 de fevereiro entre membros das Forças Armadas, estudantes do curso preparatório de soldados de Yitzhak Rabin, que compartilharam suas experiências em Gaza.

Alguns veteranos, formados na academia militar, falaram sobre o assassinato de civis inocentes e de suas impressões de desprezo profundo aos palestinos dentro das forças israelenses. "A atmosfera em geral, não sei como descrever. As vidas de palestinos, digamos que são menos importantes que as de nossos soldados", diz um dos trechos da declaração de um chefe de pelotão que atuou em Gaza, ao justificar a morte de uma palestina e seus dois filhos, mortos por um atirador de elite israelense.

O diretor da instituição, Danny Zamir, confirmou ao jornal israelense que os relatos são autênticos.

O jornal publicou ainda informação de que um palestino encontrou uma instrução, escrita a mão e em hebraico, que indicava aos soldados israelenses a atacar equipes de resgate durante a ofensiva.

"Regra de engajamento: Abrir fogo também contra pessoal de socorro" era o texto que estava escrito em uma folha de papel encontrada em uma das milhares de casas palestinas tomadas pela Força de Defesa israelense em Gaza.

A denúncia inclui ainda uma reportagem do jornal britânico "The Guardian" que traz "provas documentadas" do uso de crianças palestinas como escudo humano e os ataques diretos contra médicos e hospitais. O jornal diz ter encontrado provas dos ataques feitos contra civis por aviões não tripulados que, segundo o jornal, são tão precisos que seu piloto pode distinguir até a cor da roupa de um possível alvo.

Hillary admite 'corresponsabilidade' dos EUA por expansão do narcotráfico no México

25/03/09

CIDADE DO MÉXICO, 25 MAR (ANSA) - A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, admitiu nesta quarta-feira que os Estados Unidos são "corresponsáveis" pela expansão do narcotráfico no México.

A ex-primeira-dama, que chegou hoje ao país vizinho para uma visita oficial de dois dias, criticou também o "insaciável apetite" dos norte-americanos por drogas ilícitas.

"Nossa insaciável demanda de drogas ilegais alimenta o tráfico", disse ela, ainda durante a viagem de ida ao México, feita em um avião da Força Aérea norte-americana.

Hillary desembarcou na capital do país, Cidade do México, e foi recebida pela ministra das Relações Exteriores, Patricia Espinosa, com quem deverá se reunir para discutir temas de interesse bilateral, como a migração e a violência associada ao tráfico de drogas. Sua agenda inclui também um encontro com o presidente Felipe Calderón.

Em suas declarações, a secretária de Estado enfatizou também "a incapacidade" demonstrada por autoridades norte-americanas para coibir o tráfico de armas enviadas ao México. Segundo ela, este é um dos principais fatores originários da onda de violência que atinge o país.

Recentemente, em diversas ocasiões a Casa Branca manifestou-se "preocupada" com o aumento da criminalidade do outro lado da fronteira, e especialmente com os reflexos que o quadro poderia gerar nos Estados Unidos.

No ano passado, quase 6.000 pessoas foram assassinadas em crimes vinculados ao narcotráfico no México. No início da semana, o governo do país divulgou a lista dos criminosos mais procurados e prometeu recompensas de US$ 2 milhões por informações que levem a suas capturas.

Ontem, Washington anunciou um plano de US$ 700 milhões para apoiar as políticas de segurança de Calderón. O dinheiro será repassado pela Iniciativa Mérida, convênio bilateral firmado em 2008 na área de defesa.

Entre as medidas, apresentadas pela secretária de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Janet Napolitano, está a duplicação do número de agentes federais norte-americanos na fronteira para coibir o tráfico de armas.

A visita de Hillary Clinton antecede em duas semanas a do presidente Obama, que deve viajar ao México em meados do mês.

Lançamento de míssil da Coreia do Norte pode ser iminente--EUA

25/03/09

WASHINGTON (Reuters) - A Coreia do Norte posicionou o que acredita-se ser um míssil balístico de longo alcance em uma estação, o que poderia ser um preparativo para lançamento, disse uma autoridade norte-americana para a não-proliferação nesta quarta-feira.

"É possível que isto sinalize um lançamento iminente, mas o horário exato segue indeterminado", afirmou a autoridade à Reuters, advertindo que as intenções da Coreia do Norte são difíceis de serem medidas.

terça-feira, 24 de março de 2009

FMI emprestará a países sem cobrar desempenho

Terça, 24 de Março de 2009.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta terça-feira uma ampla reforma para simplificar seus empréstimos aos Estados em dificuldades, que inclui a criação de uma nova forma de empréstimos sem critério de desempenho, nem limite de montante.

A nova linha de crédito (Flexible Credit Line) vai substituir a aprovada em outubro (Short-Term Liquidity Facility) para países com boas políticas e aumentar a reserva de recursos disponíveis a eles, sem restrições.

"Essas reformas representam uma mudança significativa na maneira como o Fundo pode ajudar seus países membros, o que é especialmente necessário neste contexto de crise global", disse o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn.

"Mais flexibilidade em nossos empréstimos, junto a condições eficientes, vai nos ajudar a responder efetivamente às várias necessidades dos membros. Isso, em seguida, vai ajudá-los a resistir à crise e retomar um crescimento sustentável."

segunda-feira, 23 de março de 2009

Entenda o conflito entre Israel e Palestina

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Com crise, setor de alimentos vira alvo de Hugo Chávez


22/03/2009‎

Com cofres vazios e pressionado pela inflação, governo tenta garantir abastecimento na marra


Com o agravamento da crise econômica e os efeitos negativos da queda do preço do petróleo sobre a economia da Venezuela, o presidente Hugo Chávez acelerou a implementação de seu projeto socialista, elegendo o setor alimentício como o primeiro alvo das mudanças. O objetivo, segundo ele, é garantir o abastecimento às camadas mais carentes da população, que tem sofrido com o aumento da inflação.

Chávez já desapropriou fazendas e indústrias e fez intervenções e ameaças de tabelamento sobre alguns produtos. Em uma década de governo Chávez, a Venezuela tornou-se mais dependente da importação de comida.

O país importa hoje 70% dos alimentos que consome. Até o ano passado, o governo tinha recursos de sobra para suprir a escassez de alguns produtos com importações, mas a queda do preço do petróleo reduziu essa capacidade.

Outras medidas

Além de uma intervenção mais forte sobre o setor de alimentos, com a crise Chávez interveio nos principais portos e aeroportos do país. Com isso, assumiu o controle das instalações que antes ficavam nas mãos de prefeitos e governadores oposicionistas.

O governo também fez ataques diretos à oposição, como o pedido de prisão a Manuel Rosales, principal dirigente contrário ao governo chavista, por supostas acusações de corrupção.

Chávez põe fim a trégua e ataca Obama

23/03/2009‎

O ex-presidente dos EUA George W. Bush era um alvo frequente dos discursos de Hugo Chávez – o líder venezuelano chegou a compará-lo ao diabo –, mas seu sucessor, Barack Obama, vinha sendo poupado até agora. Até agora: ontem, em seu programa de rádio e TV Alô, Presidente, o presidente da Venezuela partiu para o ataque e chamou Obama de “pobre ignorante”.

– Agora, Obama vai me acusar de exportar terrorismo? Que pobre ignorante. Que estude, que leia um pouco e aprenda qual é a realidade. Senhor Obama, quem exportou terrorismo por quase 200 anos foi o império americano, que bombardeou, invadiu e matou – afirmou Chávez.

Na noite de sábado, em entrevista à rede de TV árabe Al-Jazeera, Chávez já havia dito, sem citar de onde tirou a informação, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “não havia saído muito satisfeito” do encontro que teve no dia 14 com Obama, na Casa Branca, em Washington. No início do mês, o líder venezuelano havia autorizado Lula a agir como uma espécie de mediador das desavenças Chávez-EUA.

No sábado, Chávez anunciou uma série de medidas para fazer frente à queda do preço internacional do petróleo, produto do qual depende, essencialmente, a economia do país. O governo aumentará de 9% para 12% a alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) – equivalente ao ICMS brasileiro – e reduzirá em 6,7% o orçamento federal deste ano, de US$ 77,9 bilhões para US$ 72,7 bilhões. Os cortes incidirão, segundo Chávez, sobre a compra de veículos, a reforma de prédios, a construção de novas sedes, a publicidade governamental e as viagens desnecessárias ao Exterior. Ele também prometeu acabar com os “supersalários que dão vergonha”.

Na madrugada de sábado, militares tomaram o porto e o aeroporto de Maracaibo e o aeroporto de Valencia, capitais dos importantes Estados de Zulia e Carabobo, hoje governados pela oposição.

Crise jogará milhões na miséria, prevê FMI

‎23/03/2009‎

Genebra - No alerta mais sério já feito sobre a crise, o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss Kahn alertou nesta manhã em Genebra que "milhões serão jogados para a miséria" e aponta para o risco de conflitos como resultado da recessão mundial. "A tensão social já é uma ameaça para a democracia e a crise ainda pode acabar em guerra em alguns locais. Quando há uma tensão social, não podemos excluir que alguém possa tentar encontrar derivativo em conflito diante da crise", alertou Strauss Kahn.

Segundo ele, a economia mundial terá uma queda entre 0,5% e 1% em 2009. "Os países emergentes também sofrerão", alertou. Para ele, há uma chance de uma recuperação para a economia em 2010. Mas isso ainda dependerá de como governos não responder à crise.

Ele apelou nesta manhã por políticas amplas para lidar com a crise, além de uma solução para os bancos. "Até que os bancos não sejam limpados, não haverá uma recuperação", disse. "Apagar o fogo é complicado. Mas é melhor que deixar a casa pegar fogo", concluiu o diretor-gerente.

China será mais flexível nas negociações da Rodada de Doha

23/03/2009‎

PEQUIM, China (AFP) — A China será mais flexível nas negociações multilaterais de comércio, para facilitar o desbloqueio da Rodada de Doha, afirmou o ministro do Comércio, Chen Deming, citado pelo jornal oficial em língua inglesa China Daily.

"A China se mostrará flexível em certos temas, como a agricultura, para facilitar o sucesso do sistema de comércio multilateral mundial", disse Chen.

Ele acrescentou que Pequim também está disposta a uma maior abertura no setor de serviços ao fim das negociações de Doha.

Mas o ministro chinês afirmou que os Estados Unidos devem seguir o mesmo caminho para desbloquear a Rodada de Doha, lançada em 2001 na capital de Qatar.

"A iniciativa está agora do lado dos Estados Unidos, mais do que dos países em desenvolvimento", disse o ministro, para quem "restam apenas alguns pontos de divergência".

As últimas negociações dos países membros da Organização Mundial do Comércio (OMC), ano passado, fracassaram no último momento por divergências entre Estados Unidos e Índia.

EUA vão atacar tráfico na fronteira com o México

22/03/2009‎

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está finalizando planos para enviar agentes federais, equipamentos e recursos para a fronteira dos EUA com o México, para apoiar a campanha contra a violência do narcotráfico, movida pelo presidente do México, Felipe Calderón, segundo reportagem do jornal Washington Post.

Na primeira iniciativa de Obama na área de segurança interna, assessores da Presidência devem anunciar no começo desta semana um ataque ao tráfico de armas e a remessas de dinheiro dos EUA para o México, que estariam ajudando a manter os cada vez mais violentos cartéis mexicanos.

O anúncio vai anteceder a viagem ao México, nos próximos dias, de três membros do governo de Obama: a secretária de Estado, Hillary Clinton; o procurador-geral de Justiça, Eric Holder Jr.; e Janet Napolitano, do Departamento de Segurança Interna.

Governo enviará equipamentos de ponta

Janet Napolitano, designada por Obama para elaborar um plano de segurança para a fronteira, disse que o governo vai intensificar as investigações contra as atividades dos cartéis nos Estados Unidos.

Os americanos pretendem usar equipamentos de ponta - como balanças para medir o peso de caminhões e leitores eletrônicos de placas, ligados aos arquivos da polícia - com o objetivo de conter o fluxo de armas e munição em pontos da fronteira.

Autoridades dos dois países estão discutindo novas estratégias para aumentar a cooperação nas áreas militar e de inteligência. O governo de Obama poderia remanejar fundos destinados ao combate ao terrorismo para rastrear as operações de transferência de dinheiro entre traficantes dos EUA e do México.

Tema ganha destaque na agenda de Obama

Com planos para visitar o México em meados de abril, Obama transformou em prioritário um assunto que não era um dos temas-chave de sua campanha à Casa Branca. Essa preocupação segue um aumento no número de crimes ligados ao tráfico nas cidades mexicanas ao longo da fronteira, levando ao temor de uma desestabilização na região. Desde o começo de 2008, mais de sete mil pessoas foram assassinadas no México em confrontos relacionados com o tráfico.

Embora um relatório do Pentágono, feito em novembro de 2008, tenha concluído que um eventual colapso de autoridade no México mereceria "considerável atenção", especialistas em segurança não acreditam que os cartéis mexicanos estejam dispostos a atacar alvos dos EUA, sejam áreas de interesse ou civis.

- A crescente violência na região causa preocupação, mas não representa uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos - afirma Mike Hammer, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, creditando o fato "à determinação e à coragem" do presidente mexicano no combate aos cartéis.

Mesmo assim, a ameaça à segurança nacional americana poderia se tornar real caso as autoridades mexicanas fossem forçadas a admitir uma coexistência com os narcotraficantes. Para analistas, isso poderia afetar o progresso da democracia e do livre mercado no México, além de fazer erodir a influência dos EUA.

domingo, 22 de março de 2009

Camisetas com agressões a palestinos viram moda entre soldados israelenses


‎21/03/2009‎

Camisetas com frases e desenhos agressivos a palestinos viraram moda entre os soldados israelenses, informou o site do jornal "Ha'aretz", neste sábado (21).

A publicação cita fontes de uma confecção do sul de Tel Aviv, que disse estar sendo muito procurada por militares que pedem camisas com estampas e frases em que os palestinos são atacados.

De acordo com o "Ha'aretz", as imagens mais pedidas mostram crianças mortas, mães chorando sobre os túmulos de seus filhos e mesquitas destruídas por bombas.

Já a frase "Um disparo, dois mortos" é um das que mais acompanham as fotos.

Em declarações ao jornal, um soldado da infantaria conta que os oficiais algumas vezes aprovam as impressões, mas que "nem sempre" podem escolher as frases e as imagens.

Mortes

Trata-se do segundo escândalo em que o Exército israelense se envolve nesta semana, já que, na quinta-feira, a imprensa publicou testemunhos de soldados que garantiram ter matado civis e cometido atos de vandalismo na ofensiva militar, de dezembro e janeiro, contra a Faixa de Gaza.

Os testemunhos incluem a descrição de um líder de um pelotão de infantaria sobre um incidente no qual um atirador de elite disparou por engano contra uma mulher palestina e seus dois filhos. Segundo o militar, o comandante de outro pelotão deixou que a família saísse de um edifício no qual tinha ficado retida por soldados sob seu comando, para evitar que fosse confundida com militantes do Hamas.

"Disseram para que fossem pela direita. Uma mãe e os dois filhos não entenderam [o comandante] e foram à esquerda, mas esqueceram de dizer ao atirador de elite no telhado que deixasse eles irem, que tudo estava normal e que não devia atirar. E ele fez o que achava que devia fazer, cumpria ordens", disse.

Segundo o militar, "o atirador viu a mulher e os dois filhos se aproximando dele além das linhas que ninguém devia atravessar. Atirou. Em qualquer caso, o que aconteceu é que os matou", resume.

O chefe de pelotão disse ainda não acreditar que o atirador se "sentisse mal a respeito", afinal, fazia apenas seu trabalho.

Após a publicação dos relatos, o Exército israelense anunciou a abertura de uma investigação.

Mensagem positiva de Obama ao Irã abre espaço para a diplomacia

21/09/09

Segundo membros do governo dos Estados Unidos e diplomatas europeus, a mensagem inédita ao Irã que o presidente Barack Obama enviou por vídeo na sexta-feira (20/03) foi parte de uma estratégia cujo objetivo é enfatizar um recado positivo para os iranianos no prelúdio da eleição presidencial daquele país, que ocorrerá no próximo verão.

Entre outras medidas que estão sendo avaliadas está um comunicado direto de Obama ao aiatolá Ali Khamenei, o líder supremo do Irã, e o fim da proibição de contatos diretos entre diplomatas menos graduados dos Estados Unidos e seus congêneres iranianos em diversas partes do mundo.

Pelo menos por ora, a estratégia dos Estados Unidos baseia-se em enfatizar a diplomacia, em parte devido ao temor de que uma mensagem mais agressiva e concentrada no programa nuclear do Irã possa ser contraproducente em meio ao calor político da temporada eleitoral iraniana. As autoridades disseram que Obama manterá arquivada durante os próximos meses uma proposta de sanções mais punitivas contra o Irã, algo que foi o principal foco do governo Bush.

Após três décadas de um congelamento das relações entre Estados Unidos e Irã, parece ser significante o fato de Obama ter dirigido os seus comentários não apenas ao povo iraniano, mas também aos líderes daquele país, e de ele ter se referido ao Irã como "a República Islâmica", indicando uma aparente disposição para negociar com o atual governo religioso.

As autoridades iranianas responderam cautelosamente à mensagem de Obama. Membros do governo, que ainda estão fazendo uma revisão estratégica da política para o Irã, dizem que ainda não desistiram de impor sanções mais duras contra Teerã, mas que concluíram que enviar agora uma mensagem positiva é algo que proporciona mais chances de sucesso. Um dos motivos para isso é o fato de parecer improvável que a Rússia apoie sanções mais duras antes que Obama demonstre primeiro que empenhou-se bem mais do que o presidente George W. Bush em negociar com o Irã.

O vídeo de Obama que foi divulgado pela Casa Branca às 12h01 da sexta-feira, com legendas em persa, coincide com o festival iraniano de Nowruz, um feriado de 12 dias que marca o ano novo no Irã.

"Nesta temporada de recomeços, eu gostaria de falar claramente aos líderes iranianos", disse Obama na sua mensagem. "O meu governo está agora comprometido com a diplomacia que aborda uma ampla gama de questões que temos pela frente, e com a busca de laços construtivos entre os Estados Unidos, o Irã e a comunidade internacional. Esse processo não progredirá por meio de ameaças".

O governo israelense também enviou uma mensagem de Ano Novo ao povo iraniano na sexta-feira, embora autoridades norte-americanas e israelenses insistam que os dois gestos não fizeram parte de um plano coordenado. "Sei que notificamos os nossos aliados a respeito da nossa mensagem na noite passada", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs. Mas ele acrescentou que não sabe se Israel também notificou os Estados Unidos com antecedência.

Alguns especialistas afirmam que o fato de a mensagem dos Estados Unidos ter sido enviada no mesmo dia que a de Israel tem o potencial para diluir o efeito da mensagem de Obama, ao vinculá-la a Israel, cujo governo tem sido muito mais hostil em relação ao Irã.

Na sua mensagem, Obama declarou que "os Estados Unidos desejam que a República Islâmica do Irã ocupe o lugar que lhe cabe na comunidade das nações". Segundo os diplomatas, a referência ao Irã como "República Islâmica" e a declaração direta a respeito de não ameaçar Teerã foi o primeiro sinal claro do governo Obama de que não tem como objetivo mudar o governo no Irã, algo que é uma preocupação fundamental para a liderança iraniana.

"O texto foi elaborado com o intuito de demonstrar a aceitação do governo do Irã", afirma Martin S. Indyk, ex-embaixador dos Estados Unidos em Israel e autor do livro "Innocent Abroad: An Intimate Account of American Diplomacy in the Middle East" ("Inocente no Exterior: Um Relato Íntimo da Diplomacia Norte-americana no Oriente Médio").

"A mensagem está repleta de sinceridade e aborda diretamente uma das questões que mais preocupa os iranianos", diz Indyk.

Obama chegou ao ponto de citar o poeta medieval persa Saadi. "Os filhos de Adão são membros uns dos outros, tendo sido criados a partir de uma única essência", disse ele.

No Irã, as autoridades foram cautelosas na sua resposta inicial, afirmando que a mensagem de Obama deve ser seguida de ações concretas no sentido de lidar com questões antigas que foram fontes de atrito, como a derrubada de uma aeronave civil iraniana em 1988. Ali Akbar Javanfekr, um assessor graduado do presidente Mahmoud Ahmadinejad, elogiou a iniciativa de comunicação com os iranianos, mas disse que o Irã deseja mais do que simples palavras.

"Isso não pode ser feito somente por nós, não podemos simplesmente esquecer o que os Estados Unidos fizeram com a nossa nação", declarou Javanfekr. "Ele precisam perceber a orientação errada que adotaram e fazer tentativas sérias para corrigi-la".

Mas Karim Sadjadpour, uma especialista em questões iranianas-americanas da instituição Carnegie Endowment for International Peace, afirma que a mensagem de Obama forçará autoridades iranianas de linha dura - como Ahmadinejad - a tomar uma posição quanto às perspectivas de melhores relações com os Estados Unidos.

"O que essa mensagem faz é colocar os elementos de linha dura em uma posição difícil, porque onde o governo Bush uniu líderes políticos iranianos de linha distinta contra uma ameaça comum, o que Obama está fazendo é acentuar as divisões internas no Irã", afirma Sadjadpour. "Isso faz com que os indivíduos de linha dura deem cada vez mais a impressão de serem um impedimento ao bom relacionamento".

Os diplomatas europeus aplaudiram a medida, mas ficaram perplexos com o fato de o presidente Shimon Peres ter enviado também a sua própria mensagem ao povo iraniano. "Isso é de fato uma vergonha porque o efeito principal deveria ser Obama, e a iniciativa de Peres dilui isso", afirma um diplomata europeu, que, devido às regras diplomáticas usuais, pediu que o seu nome não fosse divulgado.

As autoridades israelenses disseram à Casa Branca que no máximo até o final do ano o Irã terá tudo o que precisa caso decida produzir uma arma nuclear. As autoridades indicaram que Israel agirá unilateralmente contra o Irã se acreditar que a diplomacia de Obama não está surtindo efeito. Não se sabe até que ponto essa ameaça é real.

Israel tem pressionado também o governo Obama para cogitar a aplicação de novas e mais duras sanções contra o Irã. Entre as sanções defendidas pelos israelenses está o corte do fornecimento de gasolina refinada ao Irã - uma sanção que o próprio Obama mencionou como sendo um último recurso, durante a campanha do ano passado - e a inspeção total de todos os navios que deixarem os portos iranianos, para garantir que eles não transportem armas.

Para o governo Obama, o tempo para a aplicação da diplomacia poderá ser curto. O Irã parece ter resolvido vários problemas tecnológicos que o impediam de enriquecer urânio. Atualmente as suas centrífugas parecem estar funcionando com alto grau de eficiência, de acordo com relatórios da Agência Internacional de Energia Atômica. O país já produziu uma quantidade de urânio suficiente para produzir, depois de mais enriquecimento, combustível suficiente para a fabricação de uma bomba atômica.

Entenda o conflito em Gaza


Três semanas após iniciar a operação militar na Faixa de Gaza, Israel anunciou um cessar-fogo unilateral. Inicialmente o grupo palestino Hamas disse não aceitar os termos da trégua e continuou lançando novos ataques, provocando retaliação israelense.


O grupo, no entanto, voltou atrás e também anunciou o cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, dando a Israel uma semana para retirar suas tropas do território palestino.

A ofensiva deixou mais de 1.300 palestinos e 13 israelenses mortos.

A BBC elaborou uma série de perguntas e respostas sobre o conflito em Gaza.

Por que Israel declarou o cessar-fogo e quais são os seus termos?

O cessar-fogo unilateral foi declarado por Israel 22 dias depois do início da ofensiva na Faixa de Gaza. O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert disse à nação que o Hamas havia sido "seriamente atingido" e que os objetivos de Israel foram alcançados.

Israel vinha sofrendo grande pressão internacional para interromper as hostilidades em Gaza e um dia antes do cessar-fogo assinou um acordo com os Estados Unidos que prevê cooperação entre os dois países para impedir o contrabando de armas e explosivos para o território palestino.

Israel diz que permanecerá em Gaza por enquanto e se dá o direito de retaliar ataques com foguetes lançados pelo Hamas contra seu território.

Como o Hamas reagiu ao cessar-fogo?

Inicialmente o Hamas disse não aceitar os termos da trégua e voltou a insistir que suas principais exigências sejam atendidas.

O grupo exige a retirada total das tropas israelenses de Gaza, o fim do bloqueio ao território e a reabertura das passagens de fronteira.

Logo após o anúncio da trégua israelense, na noite de 17 de janeiro, o Hamas voltou a lançar foguetes contra Israel, que retaliou com ataques aéreos.

Porém, horas mais tarde o grupo também declarou cessar-fogo imediato e deu a Israel uma semana para retirar suas tropas de Gaza.

Por que Israel iniciou os ataques contra a Faixa de Gaza?

Os israelenses afirmam que lançaram os ataques para impedir que grupos militantes palestinos continuem lançando foguetes contra seu território.

Israel quer que o lançamento de foguetes seja interrompido e que sejam tomadas medidas para impedir o rearmamento do Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza.

Para atingir esse objetivo, Israel está tentando destruir ou reduzir a capacidade de combate do Hamas e tomar controle de seus estoques de armas.

Os ataques israelenses foram iniciados em 27 de dezembro, pouco depois de o Hamas anunciar que não iria renovar um acordo de cessar-fogo que estava em vigor desde junho de 2008.

Por que o Hamas não renovou o cessar-fogo com Israel?

O acordo de cessar-fogo, que havia sido mediado pelo Egito, foi quebrado diversas vezes na prática.

Havia um círculo vicioso. O Hamas reclamava do bloqueio econômico por terra, ar e mar imposto por Israel sobre Gaza. Israel reclamava que o Hamas estava contrabandeando armas para dentro do território por meio de túneis subterrâneos na fronteira com o Egito, além de lançar foguetes contra o território israelense.

O Hamas dizia que o lançamento de foguetes é uma forma justificada de resistência e de chamar a atenção para o sofrimento população de Gaza. Israel afirmava que seu bloqueio a Gaza se justifica como forma de tentar forçar o Hamas a observar o cessar-fogo.

A tensão aumentou depois que os israelenses realizaram uma incursão no sul de Gaza, no início de novembro, para destruir túneis que, segundo eles, eram usados para contrabando de armas. Esse episódio levou a uma nova onda de foguetes lançados contra Israel pelo Hamas e, em conseqüência, a um endurecimento do bloqueio israelense em Gaza.

Como condição para renovar o cessar-fogo, encerrado após seis meses de duração, o Hamas exigia a suspensão do bloqueio israelense em Gaza.

Por que o Hamas lança foguetes contra Israel?

Hamas é uma abreviatura de Movimento de Resistência Islâmica. O grupo considera toda a Palestina histórica terra islâmica e, portanto, vê o Estado de Israel como um ocupante, apesar de ter oferecido uma "trégua" de dez anos em troca da retirada de Israel para as fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, em 1967.

O Hamas geralmente justifica suas ações contra Israel, que incluem ataques suicidas e lançamento de foguetes, como sendo uma forma legítima de resistência.

No caso particular de Gaza, o grupo argumenta que o bloqueio israelense justifica um contra-ataque com todos os meios possíveis.

Quantas vítimas os foguetes lançados pelo Hamas contra Israel já deixaram?

Desde 2001, quando os foguetes começaram a ser lançados, mais de 8,6 mil atingiram o sul de Israel, cerca de 6 mil deles disparados a partir da retirada de Israel de Gaza, em agosto de 2005.

Os foguetes já mataram 28 pessoas e feriram centenas de outras. Na cidade israelense de Sderot, perto de Gaza, 90% dos moradores dizem que já houve explosão de foguetes na rua em que vivem ou nas cercanias.

O alcance dos foguetes lançados pelo Hamas vem aumentando. O Qassam (batizado assim em homenagem a um líder palestino dos anos 1930) tem alcance de cerca de 10 Km.

No entanto, recentemente a cidade israelense de Beersheba, a 40 Km de Gaza, foi atingida por artefatos mais avançados, incluindo versões do antigo sistema soviético Grad, também conhecido como Katyusha, provavelmente contrabandeadas para Gaza e que colocam cerca de 800 mil israelenses em risco.

Fontes médicas palestinas dizem que mais de 700 pessoas foram mortas na Faixa de Gaza na atual operação militar israelense.

Quais os efeitos do bloqueio israelense na Faixa de Gaza?

Os efeitos foram severos. A atividade econômica já era baixa quando os ataques israelenses começaram. A agência das Nações Unidas para refugiados palestinos (UNWRA, na sigla em inglês) presta assistência alimentar para cerca de 750 mil pessoas em Gaza. Em novembro, quando o bloqueio foi reforçado, o diretor da agência, John Ging, disse que a UNWRA estava ficando sem comida para distribuir aos palestinos.

Desde que a atual operação militar começou, Israel tem afirmado que vai permitir a passagem de ajuda humanitária, mas o volume tem sido menor do que costumava. O território também enfrenta falta de medicamentos e de combustível.

Qual é a história da Faixa de Gaza?

Gaza era parte da Palestina quando o território estava sob administração britânica, em um mandato garantido pela Liga das Nações, após a Primeira Guerra Mundial.

Em combates depois que Israel declarou sua independência, em 1948, o Egito capturou a Faixa de Gaza.

Refugiados palestinos das cidades costeiras do norte se abrigaram lá. Esses refugiados, ou seus descendentes, ainda vivem em campos da Organização das Nações Unidas (ONU) em Gaza.

Israel conquistou o território na guerra de 1967 e posteriormente deslocou cerca de 8 mil colonos israelenses para lá. No entanto, todos os colonos e soldados israelenses deixaram a Faixa de Gaza em 2005.

A Faixa de Gaza tem uma população de 1,5 milhão de pessoas, das quais 33% (cerca de 490 mil) são classificadas como refugiados. O território tem 40 Km de comprimento e cerca de 6 Km a 12 Km de largura.

Depois da retirada israelense em 2005, a Autoridade Palestina assumiu o controle de Gaza.

A Autoridade Palestina é formada principalmente por nacionalistas palestinos seculares do partido Fatah que, ao contrário do Hamas, acredita ser possível um acordo definitivo com Israel sobre uma solução que inclua dois Estados - Israel e Palestina.

Em janeiro de 2006, o Hamas venceu eleições parlamentares nos territórios palestinos e formou um governo na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Um governo de união nacional entre o Hamas e o Fatah foi formado em março de 2007.

No entanto, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que é um líder do Fatah eleito diretamente em um pleito anterior, dissolveu o governo.

Em junho de 2007, alegando que forças do Fatah estavam planejando um golpe, o Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza à força. A Cisjordânia, porém, permaneceu sob o controle do Fatah.

O Hamas foi boicotado pela comunidade internacional, que exige que o grupo renuncie à violência e reconheça Israel.

Arábia Saudita pode superar terrorismo em dois anos, diz governo

19/11/2005

A Arábia Saudita pode superar o terrorismo nos próximos dois anos, mas não tem como garantir o fim absoluto dos ataques realizados por militantes, disse neste sábado o príncipe saudita e vice-primeiro-ministro saudita, Sultan bin Abdul Aziz.

"Podemos eliminar 100% o terrorismo? Não, mas digo que com a vigilância das forças de segurança, dos agentes de inteligência e principalmente do povo saudita podemos acabar com o terrorismo nos próximos dois anos no reino da Arábia Saudita", disse Aziz à rede de TV Al Arabiya. "Mas completamente em todos os seus sentidos? Ninguém no mundo pode prever [a ação de] degenerados."

Membros da Al Qaeda fizeram uma série de ataques na Arábia Saudita nos últimos dois anos para expulsar os estrangeiros do país, e desestabilizar a família real saudita, que apóia os EUA. Em 2003, suicidas atacaram vários prédios estrangeiros e no ano passado, homens armados fizeram uma série de ataques contra alvos ocidentais, incluindo uma ação contra o consulado dos EUA em Jidda (capital administrativa do país).

Forças de segurança sauditas já mataram ou prenderam mais de 20 acusados de ligações com a Al Qaeda. Em junho passado, o governo divulgou uma lista com outros 36 nomes de suspeitos que ainda estão sendo procurados.

Mais de 40 membros das forças de segurança do país e mais de 100 rebeldes já foram mortos em confrontos, segundo o governo saudita.

Redução de preços agrava crise de alimentos, diz ONU

‎09/03/2009‎

GENEBRA (Reuters) - O declínio no preço das commodities tem dificultado os investimentos na agricultura, o que pode agravar a crise mundial de alimentos, disse a alta comissária da ONU para direitos humanos, Navi Pillay, na segunda-feira.

Ela afirmou que, embora os preços de mercado do trigo, do milho e do arroz estejam bem menores do que em 2008, centenas de milhões de pessoas estão sob risco de falta de comida.

"De forma perversa, os preços dos alimentos em queda estão desestimulando o investimento na agricultura. Isso, por sua vez, atrapalha os esforços necessários para aumentar a produção de alimentos", disse Pillay em um debate sobre as consequências da falta de comida para os direitos humanos.

A ex-juíza sul-africana afirmou que os alimentos básicos permanecem inacessíveis para a população mais pobre do planeta, cujas necessidades não deveriam ser ignoradas pela comunidade internacional.

"Os esforços para mitigar a fome e promover e proteger o direito à alimentação ainda não foram traduzidos em ação concreta", afirmou ela. "Claramente, a crise ainda não acabou."

Olivier de Schutter, enviado especial da ONU para o direito à alimentação, disse ao Conselho de Direitos Humanos do organismo que os mercados de commodities permanecerão voláteis nos próximos anos e os governos precisam fazer tudo o que estiver ao seu alcance para garantir que as pessoas tenham o que comer.

CHOQUE DE ALIMENTOS

"Deverão ocorrer choques no futuro, da mesma magnitude. Precisamos estar mais bem preparados para enfrentá-los", disse ele, citando a necessidade de assistência alimentar mais ativa e regras mais justas no comércio agrícola.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), agência com sede em Roma, disse que mais de 30 países ainda enfrentam uma crise alimentar apesar da queda no preço dos cereais, ocorrida junto com a deflagração da crise econômica global na segunda metade de 2008.

O ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan está entre os principais defensores por mais investimentos para incentivar a produtividade agrícola na África a fim de evitar escassez de alimentos e estimular a economia.

Enquanto muitos diplomatas saudaram o foco do Conselho de Direitos Humanos no acesso aos alimentos como uma preocupação de direitos humanos, alguns grupos não-governamentais disseram que outras questões de peso precisavam de mais atenção do fórum que reúne 47 países.

Peter Splinter, da Anistia Internacional, disse que os governos recebendo assistência alimentar precisam ser responsabilizados para garantir que os suprimentos cheguem aos necessitados, citando como exemplo a recente expulsão de grupos de assistência humanitária do Sudão.

SITES PARA PESQUISA GERAL




depois coloco mais...

lembrem-se também de todos os sites de notícias em geral e porque não a wikipedia?

se preparem...

quarta-feira, 4 de março de 2009

Como é calculado o orçamento da ONU?


O orçamento regular das Nações Unidas é aprovado pela Assembléia Geral por um período de dois anos. Ele é inicialmente apresentado pelo Secretário-Geral e examinado pela Comissão Consultiva em Assuntos Administrativos e Orçamentários, composta por 16 peritos, que pode recomendar modificações à Assembléia Geral, antes que esta o aprove. O orçamento aprovado para o biênio 2004-2005 é de 3,16 bilhões de dólares.O orçamento cobre todos os gastos dos programas da ONU em áreas como assuntos políticos, justiça e direito internacional, cooperação internacional para o desenvolvimento, informação pública, direitos humanos e assuntos humanitários.As contribuições dos Estados constituem a principal fonte de recursos do orçamento e são revisadas a cada três anos. Tais contribuções são feitas de acordo corn uma escala de quotas, determinada pela Assembléia Geral. A contribuição de cada Estado é determinada principalmente por sua renda nacional total em relação à dos outros Estados-Membros, levando em consideração diversos fatores, como, por exemplo, o Produto Interno Bruto (PIB) e o rendimento per capita de cada país. A Assembléia fixou que as contribuições podem ser de no máximo 22% e no mínimo 0,01% do total do orçamento.Os 15 maiores contribuintes da ONU e as percentagens de suas contribuições (dados de 2004) são:Estados Unidos - 22%Japão – 19,468%Alemanha – 8,662%Reino Unido - 6,127%França – 6,030%Itália – 4,885%Canadá – 2,813%Espanha – 2,520%China – 2,053%México – 1,883%Coréia do Sul – 1,796%Holanda – 1,690%Austrália – 1,592%Brasil – 1,523%Suíça – 1,197%O orçamento cobre os gastos com atividades nos diversos campos de atuação das Nações Unidas, além das despesas administrativas tanto na sede como nos escritórios espalhados pelo mundo.Os Estados-Membros também realizam pagamentos - com base em uma versão modificada da escala de quotas - para cobrir os custos das Forças de Paz e os gastos dos Tribunais Internacionais.Fundos e programas da ONU, como por exemplo, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados possuem orçamentos próprios e grande parte de seus recursos são provenientes de doações voluntárias dos governos e também de indivíduos, como é o caso do UNICEF.As agências do Sistema também têm seus próprios orçamentos e podem receber contribuições voluntárias dos governos.
Fonte completa: http://www.unicrio.org.br/ONUTextos.php?Texto=onu_15.html