O representante especial dos Estados Unidos para a Coréia do Norte, Stephen Bosworth, disse nesta terça-feira para Pyongyang não realizar um segundo teste nuclear, pois seria "a direção equivocada" para a estabilidade da região asiática.
"Tenho muitas esperanças de que a Coreia do Norte não fará outro teste (nuclear). Acho que seria um passo na direção equivocada", disse Bosworth em Tóquio antes de retornar a Washington, segundo a agência local Kyodo.
O funcionário americano ressaltou que os outros participantes do diálogo de seis lados estão convencidos de que "a conversa e a negociação (com a Coréia do Norte) são os únicos métodos adequados para resolver as questões pendentes".
O processo de diálogo de seis lados - que começou em 2003 e tem a participação das duas Coreias mais EUA, Japão, China e Rússia - está estagnado desde dezembro, devido à falta de avanços na verificação da desnuclearização do regime comunista.
Pyongyang anunciou em 14 de abril que abandonava o diálogo de seis lados como represália à condenação do Conselho de Segurança das Nações Unidas por seu lançamento, no dia 5 de abril, de um foguete de longo alcance.
A Coréia do Norte ameaçou ainda realizar um novo teste nuclear e lançar um míssil intercontinental caso o Conselho de Segurança não se desculpar.
O regime stalinista realizou seu primeiro teste nuclear em outubro de 2006, o que gerou sanções da ONU. Bosworth pediu também que Pyongyang volte em breve à mesa de negociações para sua desnuclearização.
"Estamos comprometidos com o diálogo e estamos obviamente interessados em voltar à mesa de negociações o mais rápido possível", disse.
"Mas esta decisão não depende só de nós, depende também da Coreia do Norte", concluiu.
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