terça-feira, 12 de maio de 2009

Detido nas Filipinas médico da OMS suspeito de pedofilia

12/05/09

Um médico australiano da Organização Mundial da Saúde (OMS) foi detido nas Filipinas por suspeitas de ter abusado sexualmente de uma criança de 12 anos, informou hoje a Polícia local.

O médico, de 47 anos e que não teve sua identidade revelada, foi surpreendido na sexta-feira passada quando estava despido e junto ao menor, dentro de um carro estacionado em Makati, o distrito financeiro da capital.

Um filipino que teria sido intermediário da relação também foi detido.

A OMS confirmou que o médico trabalha para seu escritório regional em Manila, e reiterou que condena qualquer tipo de exploração infantil.

Até 2006, a legislação filipina punia a pedofilia com a pena de morte, mas agora impõe uma pena máxima de prisão perpétua e multa de até 5 milhões de pesos (mais de US$ 105 mil).

Segundo dados de várias ONGs, cerca de 300 mil menores de ambos os sexos exercem a prostituição nas Filipinas, apesar dos esforços das autoridades de combater o problema.

Ataque dos EUA mata 8 em região tribal paquistanesa

12/05/09

Pelo menos oito pessoas morreram em um novo ataque com mísseis supostamente de autoria de um avião americano não-tripulado em uma região tribal do Paquistão, informou nesta terça-feira a imprensa local.

Vários mísseis atingiram um complexo na região de Sarakhora, situada na demarcação tribal do Waziristão do Sul e muito próxima à fronteira com o Afeganistão, segundo as emissoras Geo TV e Express TV.

Após o ataque, que deixou um número indeterminado de feridos, um grupo de insurgentes se aproximou da região, informou a Geo TV. O Waziristão do Sul é reduto do líder dos talibãs paquistaneses, Baitullah Mahsud, e de outros importantes líderes insurgentes.

Mahsud ameaçou em repetidas ocasiões recorrer a ataques suicidas no Paquistão para resistir a estas ações. As montanhosas áreas tribais, que nunca estiveram sob completo domínio do Estado paquistanês, servem ainda de refúgio a membros da rede terrorista internacional Al-Qaeda.

EUA advertem Coréia do Norte sobre segundo teste nuclear

12/05/09

O representante especial dos Estados Unidos para a Coréia do Norte, Stephen Bosworth, disse nesta terça-feira para Pyongyang não realizar um segundo teste nuclear, pois seria "a direção equivocada" para a estabilidade da região asiática.

"Tenho muitas esperanças de que a Coreia do Norte não fará outro teste (nuclear). Acho que seria um passo na direção equivocada", disse Bosworth em Tóquio antes de retornar a Washington, segundo a agência local Kyodo.

O funcionário americano ressaltou que os outros participantes do diálogo de seis lados estão convencidos de que "a conversa e a negociação (com a Coréia do Norte) são os únicos métodos adequados para resolver as questões pendentes".

O processo de diálogo de seis lados - que começou em 2003 e tem a participação das duas Coreias mais EUA, Japão, China e Rússia - está estagnado desde dezembro, devido à falta de avanços na verificação da desnuclearização do regime comunista.

Pyongyang anunciou em 14 de abril que abandonava o diálogo de seis lados como represália à condenação do Conselho de Segurança das Nações Unidas por seu lançamento, no dia 5 de abril, de um foguete de longo alcance.

A Coréia do Norte ameaçou ainda realizar um novo teste nuclear e lançar um míssil intercontinental caso o Conselho de Segurança não se desculpar.

O regime stalinista realizou seu primeiro teste nuclear em outubro de 2006, o que gerou sanções da ONU. Bosworth pediu também que Pyongyang volte em breve à mesa de negociações para sua desnuclearização.

"Estamos comprometidos com o diálogo e estamos obviamente interessados em voltar à mesa de negociações o mais rápido possível", disse.

"Mas esta decisão não depende só de nós, depende também da Coreia do Norte", concluiu.

Austrália encerrará missão militar no Iraque em julho

12/05/09

A Austrália vai encerrar sua missão militar no Iraque no dia 31 de julho, mais de seis anos após enviar suas primeiras tropas para apoiar a invasão liderada pelos Estados Unidos, informou nesta terça-feira a rádio local ABC.

Segundo informações do Departamento de Defesa australiano a medida deve afetar os 45 militares que ainda permanecem no país árabe em trabalhos que não estão ligados a combates.

A Austrália retirou no ano passado os 550 soldados que mantinha desdobrados no Iraque, após a chegada ao poder dos trabalhistas com a vitória nas eleições de 2007.

Em março de 2003, o Governo conservador de John Howard, firme aliado do então presidente americano, George W. Bush, enviou tropas para invadir o país, apesar de a maioria da população rejeitar a operação.

Durante mais de seis anos no Iraque, as tropas australianas não registraram mortes em suas fileiras.

A partir de agora, aproximadamente 100 funcionários do Departamento de Defesa australiano ficarão no país para garantir a segurança do pessoal da Embaixada da Austrália em Bagdá.

Exército paquistanês pede que civis deixem área de combate

12/05/09

O exército do Paquistão pediu nesta terça que a população saia dos distritos do norte do país onde está combatendo a insurgência talibã, e disse que já matou 751 insurgentes em duas semanas de operação militar.

Apesar dos "sucessos consideráveis" obtidos até agora pelo Exército, seu porta-voz, Athar Abbas, disse que "só se conseguirá realmente acabar com os militantes quando a maioria dos cidadãos tiver saído da zona de conflito".

As operações militares ocorrem em Swat e em vários outros distritos da divisão de Malakand, na Província da Fronteira Noroeste.

Em entrevista coletiva em Islamabad, televisionada ao vivo pelos canais paquistaneses, Abbas disse que as tropas "só" estão bombardeando "os esconderijos, campos de treinamento e centros de munição e logística" dos fundamentalistas quando há "informação de inteligência".

Segundo o porta-voz, o exército matou 751 insurgentes, 402 deles no Vale de Swat.

Um total de 29 membros das forças de segurança morreu na ofensiva, 18 deles em Swat, enquanto outros 77 ficaram feridos, acrescentou.

A operação em Malakand causou um êxodo em massa de população, que o Exército calculou hoje em 1,3 milhão de pessoas, mas a ONU afirmou hoje, em comunicado, que registrou 501,496 mil deslocados desde o início de maio.

O porta-voz militar negou que o exército tenha causado vítimas civis, reiterou que as tropas estão agindo com cautela e evitando o confronto em grandes núcleos urbanos, e prometeu divulgar em breve à imprensa imagens e vídeos de cadáveres de insurgentes.

A ausência de jornalistas e organismos independentes nas áreas de conflito torna impossível contrastar os números oferecidos regularmente pelo comando militar.

Abbas informou também que helicópteros do Exército transportaram hoje soldados até uma zona considerada reduto do líder talibã local, o mulá Fazlullah, no Vale de Swat.

"Tropas transportadas por helicópteros aterrissaram em Peochar. Têm a missão de realizar operações de rastreamento e destruição", disse, em referência a uma zona escassamente povoada e sob controle talibã situada no norte do distrito.

Três europeus são detidos por pedofilia na Tailândia

12/05/09

Dois cidadãos suecos e um britânico foram detidos nesta terça pela polícia da Tailândia acusados de crime de pedofilia, depois que a Interpol advertiu os corpos de segurança tailandeses sobre a presença deles no país.

Os suecos Karl Erik Berglund, 60 anos, e Lars Anders Ellerman, 65 anos, e o britânico George Stanley Gibbs, 67 anos, foram detidos na cidade litorânea de Pattaya, cerca de 160 km ao sudeste de Bangcoc, aonde viajaram em um voo organizado da Suécia, segundo a Interpol.

Em outubro de 2007, a polícia tailandesa deteve nos arredores de Bangcoc o então pedófilo mais procurado pela Interpol, o canadense Christopher Neil, ligado a pelo menos 12 casos no Camboja, Tailândia e Vietnã.

Neil foi condenado por um tribunal tailandês em 2008 a três anos de prisão por corrupção de menores e a outros 39 meses por abuso de dois menores, e posse de fotografias e vídeos pornográficos com suas vítimas.

Obama pressionará por acordo de paz no Oriente

12/05/09

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pressionará a favor de um acordo de paz no Oriente Médio ao longo de uma série de reuniões que manterá com líderes da região nas próximas duas semanas, afirmou hoje a Casa Branca.

Obama deve receber na Casa Branca na próxima segunda-feira o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que lidera uma coalizão de direita e que até agora não se pronunciou em público a favor de um Estado palestino.

No dia 26, dialogará com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, e, no dia 28, verá o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, em comunicado.

As reuniões fazem parte de uma série de encontros para tentar reativar as conversas de paz entre israelenses e palestinos.

No final de abril, Obama já tinha se reunido com o rei Abdullah II da Jordânia e, na semana passada, encontrou o presidente israelense, Shimon Peres.

Nas reuniões dos próximos dias, Obama abordará com cada um dos líderes as "vias nas quais os Estados Unidos podem fortalecer e aprofundar nossas alianças, assim como os passos que todas as partes deveriam adotar para contribuir à conquista da paz entre Israel e os palestinos, e entre Israel e os Estados árabes", disse Gibbs.

Em entrevista publicada na segunda-feira pelo jornal "The Times", o rei Abdullah da Jordânia afirmava que Obama abordaria os detalhes de um plano de paz para solucionar o conflito do Oriente Médio nas reuniões em Washington.

Obama deve se dirigir ao mundo islâmico em 4 de junho do Egito, após o qual, em julho ou agosto, acontceria uma conferência de paz com todas as partes em conflito.

O discurso, que cumpre uma promessa eleitoral de Obama, tem como objetivo explorar "como podemos trabalhar juntos para garantir a paz e a segurança de nossos filhos neste país e no mundo muçulmano", disse Gibbs, na semana passada.

Talibãs suicidas atacam edifício do Governo e matam 9

12/05/09

Pelo menos nove pessoas morreram hoje e 16 ficaram feridas em ataques contra um edifício governamental lançado por um grupo de supostos talibãs com coletes de na cidade afegã de Khost, informou o Ministério da Defesa afegão.

"Nestes ataques terroristas", nove homens morreram e outros 16 ficaram feridos, afirmou o ministério, em comunicado.

Segundo a nota, um grupo de 11 talibãs suicidas atacou um edifício governamental na cidade de Khost, capital da província homônima.

A fonte acrescentou que membros do Exército afegão e efetivos policiais responderam ao ataque e mataram "todos os terroristas".

O chefe do Departamento de Saúde Pública, Amir Padash Rahmatzai, disse à Agência Efe que as autoridades sanitárias receberam os cadáveres de quatro membros das forças de segurança e de dois civis.

Antes, o porta-voz do Ministério do Interior afegão, Zemarai Bashary, dissera à Efe que "dois suicidas detonaram seus explosivos perto dos escritórios do governador e do prefeito, mas não posso dizer quanta gente morreu".

O porta-voz talibã Zabiullah Mujahid afirmou à Efe, por telefone de um lugar não especificado, que havia 30 atacantes e que ainda havia combates na zona.

Khost é uma das províncias com maior atividade dos talibãs, com mais presença nas zonas do país onde predomina a etnia pashtun.

Todos os anos, morrem no Afeganistão milhares de pessoas vítimas da violência e dos combates entre os insurgentes talibãs contra o Exército regular afegão e as tropas internacionais no país.

França diz não ter "elementos" sobre possível atentado

12/05/09

A ministra do Interior francesa, Michèle Alliot-Marie, assegurou nesta terça que não possui "elementos" sobre o eventual atentado terrorista contra o aeroporto de Charles de Gaulle, em Paris, que, segundo a Justiça italiana, era planejado por dois supostos membros da rede terrorista Al-Qaeda.

A ministra disse hoje perante a Assembléia Nacional francesa que não há nada que permita pensar "seriamente em uma ameaça de atentado" no aeroporto da capital francesa.

As declarações de Alliot-Marie vêm a público pouco depois de a Justiça italiana ter emitido duas ordens de detenção contra dois supostos membros da Al-Qaeda, de nacionalidade francesa, presos na cidade de Bari, no sul da Itália, os quais supostamente planejavam atacar o aeroporto em Paris.

A ministra francesa assegurou aos deputados que o governo mantém a máxima vigilância perante possíveis ameaças terroristas.

Síria e Líbano podem se unir contra terrorismo e Israel

12/05/09

As autoridades militares de Síria e Líbano se reuniram nesta terça com o objetivo de estreitar laços e desenvolver a cooperação contra o terrorismo e o "inimigo comum israelense".

O chefe do Estado-Maior do exército sírio, general Ali Habib, viajou hoje a Beirute na primeira visita de um alto representante militar da Síria desde a retirada das tropas deste país, em 2005, e se reuniu com o presidente do Líbano, Michel Suleiman.

Segundo um comunicado do gabinete de Suleiman, este agradeceu a ajuda que Damasco ofereceu no passado ao exército libanês.

O presidente elogiou as relações entre os dois países, assim como a de seus exércitos em sua luta contra "o inimigo comum", Israel, e também contra "o terrorismo e as redes de espionagem" que atuam em seu território.

O general Habib se reuniu também com o comandante-em-chefe do exército libanês, general Jean Kajwayi, com quem discutiu o futuro da relação e a coordenação entre ambas as instituições, informa a agência libanesa ANN.

Kajwayi pediu ao general sírio uma maior cooperação e reafirmou os esforços para fazer frente aos "planos do inimigo israelense contra o Líbano e a Síria".

Já Habib agradeceu o apoio do Exército libanês e disse que a Síria respalda "o que beneficiar o irmão Líbano e garanta sua segurança".

Os Governos de Beirute e Damasco formalizaram suas relações diplomáticas em 15 de outubro de 2008.

Em 2005, a Síria retirou as tropas que manteve no Líbano durante 29 anos, após pressões da comunidade internacional e dos grupos libaneses opostos a esta presença.

Além disso, os distúrbios ocorridos no Líbano após o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri em fevereiro de 2005 também contribuíram para a retirada.

OMS doa ao México mais de 200 mil medicamentos contra gripe

12/05/09

A Organização Mundial da Saúde (OMS) doou nesta terça-feira 220.024 doses de oseltamivir de sua "reserva estratégica" ao México para fazer frente à epidemia de gripe suína no país, que até agora já matou 58 pessoas e contaminou 2.224.

O representante da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) no México, Phillipe Lamy, entregou hoje os remédios ao ministro de Saúde mexicano, José Ángel Córdova.

Durante a cerimônia, Lamy disse que este medicamento é "eficaz contra a gripe atual e complementar" às medidas preventivas recomendadas pelo ministério da Saúde mexicano, cujo trabalho foi reconhecido pelo representante da OPAS, a organização da OMS para as Américas.

Segundo Lamy, o trabalho realizado no México "é importante para a saúde do mundo".

Já o ministro da Saúde mexicano afirmou que a doação reforça as reservas do país e "garante ainda mais a suficiência para o manejo de casos e de contágios" da gripe.

Córdova lembrou que o México se preparava desde 2000 para fazer frente a uma possível pandemia de gripe e, desde 2005, conta com campanhas de vacinação que, só em 2009, beneficiarão cerca de 18 milhões de pessoas.

Apesar do nome, a gripe suína não apresenta risco de infecção por ingestão de carne de porco e derivados.

EUA defendem reforma do Conselho de DH da ONU

12/05/09

Os Estados Unidos passaram a fazer parte, pela primeira vez, do Conselho de Direitos Humanos da ONU (CDH), e estabeleceram como objetivo reformar, a partir de dentro, o órgão, responsável por zelar pelos direitos fundamentais no mundo, afirmou nesta terça-feira a diplomacia americana.

"Embora saibamos que o CDH é um órgão com falhas, que não cumpriu totalmente com seu papel, temos a intenção de colaborar com outros países para reformá-lo a partir de dentro", disse hoje a embaixadora dos EUA perante a ONU, Susan Rice.

Os Estados Unidos, junto com nações como México ou Cuba, foram um dos 18 países eleitos hoje pelos 192 membros da Assembleia Geral para integrar o Conselho, com sede em Genebra e formado por Estados.

Os outros países escolhidos junto com os EUA no grupo da Europa Ocidental foram Noruega e Bélgica, enquanto Cuba, México e Uruguai foram reeleitos no bloco da América Latina e do Caribe.

Rússia e Hungria conquistaram os dois lugares disponíveis para o Leste Europeu, enquanto China, Bangladesh, Jordânia, Arábia Saudita e Quirguistão ocuparam as vagas asiáticas.

Da mesma forma, Senegal, Nigéria, Mauricio, Djibuti e Camarões obtiveram as cinco cadeiras disponíveis no grupo regional africano.

A entrada dos EUA no CDH representa uma mudança brusca em relação à política de George W. Bush, que se recusou a participar do órgão e votou contra a criação do mesmo por considerá-lo dominado por países que violavam os direitos humanos.

Rice explicou que a mudança faz parte da vontade da nova Administração para que os Estados Unidos voltem a desempenhar um papel significativo na esfera multilateral.

A diplomata americana reconheceu as críticas de algumas organizações de direitos humanos e vozes conservadoras dentro do país, que afirmam que o Conselho tem entre seus membros algumas das nações com pior histórico na questão.

As ONG Freedom House e UN Watch lembraram em um relatório divulgado dias antes da votação que as violações dos direitos humanos cometidas por Governos de Azerbaijão, Camarões, China, Cuba, Djibuti, Rússia e Arábia Saudita deveriam impedi-los de concorrer a uma vaga em um órgão que zela pelos direitos fundamentais.

Rice, que ressaltou que os Estados Unidos têm consciência de que o CDH "não cumpriu totalmente sua incumbência", lembrou que os países são eleitos para períodos de três anos, e que, portanto, os escolhidos poderão participar do processo de revisão da estrutura e procedimentos do órgão que acontecerá em 2011.

"Apresentamos nossa candidatura ao Conselho de Direitos Humanos porque esta Administração e, de fato o povo americano, têm um profundo compromisso com a defesa e o respeito aos direitos humanos de cada indivíduo", acrescentou a embaixadora dos Estados Unidos.

O representante da Human Rights Watch (HRW) na ONU, Steve Crawshaw, elogiou a eleição dos EUA ao CDH, depois que a "autoridade moral" do país começou a ser questionada pela atuação do Governo Bush em matéria de detenções ilegais e tortura.

"Os EUA podem desempenhar um papel importante como um agente de peso dentro do Conselho de Direitos Humanos", afirmou Crawshaw, que lamentou que, nesta eleição, não tenha havido uma maior competição pelas vagas disponíveis.

Para ele, isso afeta a credibilidade do órgão e atrapalha que sejam oferecidas alternativas na cédula de votação aos países com históricos questionáveis.

O CDH foi criado em 15 de março de 2006 pela Assembleia Geral da ONU para substituir a Comissão de Direitos Humanos, que deixou de existir após 60 anos de trabalhos devido à crise de legitimidade na qual tinha caído por decisões que eram vistas como parciais, politizadas e desequilibradas.

O Conselho é um órgão intergovernamental que faz parte do sistema das Nações Unidas e que é formado por 47 Estados-membros, que ficam responsáveis por fortalecer a promoção e a proteção dos direitos humanos no mundo.

Uma das incumbências do órgão é fazer um exame periódico universal em cada um dos 192 países-membros das Nações Unidas, além de realizar várias sessões ordinárias ao ano e as extraordinárias que os integrantes decidirem para abordar assuntos concretos.

A próxima reunião do órgão da ONU ocorrerá em Genebra de 2 a 18 de junho.

Júri condena 5 por planejar atacar EUA com apoio da Al-Qaeda

12/05/09

Um júri de Miami considerou nesta terça-feira culpados cinco homens de conspirar para cometer atentados contra edifícios dos Estados Unidos com o apoio da rede terrorista Al-Qaeda, enquanto um sexto acusado foi absolvido.

O veredicto foi alcançado após seis dias de deliberações por parte dos 12 membros do júri em um tribunal de Miami, onde foram julgados pela terceira vez os homens no caso conhecido como "Os seis de Liberty City", em referência a um setor do condado de Miami-Dade no qual foram detidos. Os dois primeiros julgamentos foram anulados depois que o júri não conseguiu chegar a um consenso em relação à inocência ou culpa dos acusados.

As autoridades os acusaram de conspirar para cometer atentados contra a torre Sears de Chicago e o prédio do FBI (Polícia federal americana) de Miami, após ser detidos em 2006. Os réus são Narseal Batiste, 35 anos; Patrick Abraham, 29 anos; Stanley Grant Phanor, 33 anos; Rotschild Augustine, 25 anos; Burson Augustin, 24 anos, e Naudimar Herrera, 25 anos.

Batiste foi considerado culpado de quatro acusações; Abraham foi condenado por três; Phanor, Augustine e Augustin por duas; enquanto Herrera foi absolvido. Todos enfrentaram acusações de conspirar para fornecer apoio material a uma organização terrorista estrangeira, para ajudar terroristas, para destruir edifícios com explosivos e impor uma guerra contra os EUA em um ato subversivo.

A juíza Joan Lenard, que presidiu o caso, emitirá a sentença em 26 de julho. Os cinco poderiam enfrentar penas de entre 30 e 70 anos de prisão. Durante o julgamento, a defesa rejeitou as alegações de que os clientes tivessem ligações com a Al-Qaeda ou planos de perpetrar atentados terroristas.

Os advogados afirmaram que um dos acusados, Batiste, fingiu ser um terrorista porque dois informantes do Governo o atraíram com promessas de dinheiro.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

OMS confirma 1.516 casos de gripe suína no mundo; Suécia registra 1º caso

A Suécia registrou nesta quarta-feira o primeiro caso de gripe suína, denominada oficialmente gripe A (H1N1), no país. O anúncio coloca a Suécia como o 12º país europeu a registrar paciente da doença, que parece se espalhar pela Europa com velocidade maior do que em qualquer outro continente.

Segundo o mais recente balanço da OMS (Organização Mundial de Saúde), são 1.516 casos de gripe suína em 22 países --a maioria na Europa. O vírus, contudo, atinge de maneira mais severa a América do Norte, onde estão os três países com maior número de casos registrados e onde se concentram as 30 vítimas da doença.

"O laboratório de virologia do Instituto Sueco de Controle de Doenças Infecciosas confirmou o primeiro caso de A (H1N1) na Suécia", afirma um comunicado oficial.

A paciente é uma mulher de 50 anos que retornou de uma viagem aos Estados Unidos com sintomas da doença. Segundo o comunicado, ela já se recuperou e todos os que entraram em contato com ela recebem tratamento preventivo.

Balanço

Segundo o relatório da OMS, o México continua sendo o país mais atingido pelo vírus A (H1N1), com 822 casos registrados, incluindo 29 mortes. O relatório ainda não inclui a Suécia.
Já os EUA registram 403 casos da doença, incluindo o bebê mexicano que morreu na semana passada no Estado do Texas. O relatório da OMS não considera a segunda morte anunciada pelo governo americano, a de uma mulher, também no Texas.

A Guatemala entrou para a lista de países oficialmente afetados pela doença, com um caso diagnosticado.
Outros países com casos confirmados da doença, sem nenhuma morte, são: Canadá (165), Espanha (57), Reino Unido (27), Alemanha (9), Nova Zelândia (6), Israel (4), El Salvador (2), França (4), Áustria (1), China (1, em Hong Kong), Colômbia (1), Coreia do Sul (2), Costa Rica (1), Dinamarca (1), Irlanda (1), Itália (5), Holanda (1), Portugal (1) e Suíça (1).

O comunicado reitera que restrições de viagens não são necessárias --quem apresenta sintomas da doença, entretanto, é aconselhado a adiar viagens-- e que o consumo de carne de porco cozida não traz riscos de infecção.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Vírus da gripe se expande, mas EUA mostram esperança no combate

04/05/09

As autoridades dos Estados Unidos constataram que o vírus da gripe suína já está presente em 36 estados e infectou 303 pessoas, mas encontraram "sinais promissores" no combate, como o fato de que a maioria dos doentes apresentam sintomas leves.

"Não podemos dizer que estamos fora de perigo, mas há sinais promissores", disse hoje Richard Besser, diretor interino do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) do país.

Besser, no entanto, pediu ao público que "não aproveite esses fatores promissores para baixar a guarda".

A secretária de Segurança Nacional, Janet Napolitano, também se referiu ao "cauteloso otimismo" que começou a surgir, tendo em vista o que chamou de sinais encorajadores percebidos nos Estados Unidos.

Entre esses indícios, tanto Besser como Napolitano citaram o fato de que a imensa maioria dos doentes mostra sintomas leves e que a doença está sendo transmitida mais lentamente no México, o maior foco e onde alguns dos doentes nos EUA contraíram o vírus.

Besser afirmou também que nos testes de laboratório se detectou que o novo vírus da gripe não tem a marca genética que tinham os de outras epidemias anteriores.

Ontem, a médica Anne Schuchat, do CDC, mencionou concretamente o vírus letal que desencadeou uma pandemia em 1918, que foi batizado como gripe espanhola e que matou dezenas de milhões de pessoas.

O vírus atual também guarda diferenças com o do H5N1 que se propagou em meados desta década, e que ficou conhecido como gripe aviária.

O diretor interino do CDC destacou que o vírus atual da gripe é "novo" e, portanto, de comportamento desconhecido, por isso que se desconhece com segurança como vai se comportar na próxima temporada gripal, no outono.

Uma das questões que estão sendo acompanhadas de perto no CDC é como se comporta o vírus quando chegar ao hemisfério sul, que está no outono e perto da temporada invernal.

"A comunidade internacional está trabalhando para fazer um acompanhamento do vírus no cone sul, para ver se muda ou se volta mais forte", disse.

"Isso nos dará mais pistas de como se pode comportar aqui no próximo outono", afirmou o especialista, após assinalar que se está avançando na elaboração de uma vacina, embora não tenha decidido ainda se será necessário administrá-la à população na próxima temporada de gripe.

Besser antecipou, no entanto, que nas próximas semanas o vírus acabará se estendendo por todo o país, e se produzirão mais hospitalizações de casos graves e, provavelmente, mais mortes.

Segundo os últimos números das autoridades de saúde, que incluem já os dados divulgados sobre Nova York, nos EUA há 303 casos confirmados, dos quais só um, uma criança mexicana no Texas, morreu.

Os estados onde o vírus se propagou com maior intensidade até agora são Nova York, com 90 casos, Texas (41), Califórnia (30), Delaware (20) e Arizona (17).

Conforme o vírus s expande, cada vez são maiores os colégios que tiveram que fechar suas portas para evitar a criação de um foco de propagação.

O Departamento de Educação informou hoje que permanecem fechadas 533 escolas públicas e privadas em 24 estados, o que obrigou que cerca de 330 mil estudantes ficassem em casa.

Em todo EUA, há perto de 100 mil centros educativos com 55 milhões de estudantes.

Em Nova York, a escola St. Francis, que registrou um intenso foco depois que um grupo de alunos viajou ao México, retomou hoje as aulas após uma semana de inatividade.

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e o diretor do Departamento de Saúde da cidade, Thomas Frieden, foram ao colégio para dar boas-vindas aos alunos e reiterar uma mensagem de calma.